Recorde as incidências da partida
Os homens de Chus Mateo começaram melhor, com Ndiaye a defender agressivamente contra Mirotic e a dominar o ressalto ofensivo para assumir a primeira vantagem (0-6). Os blaugrana, com falta de antídoto para Tavares, afastaram-se do cabo-verdiano para explorar o perímetro, sobretudo a finta de Abrines. E a coisa funcionou às mil maravilhas, já que no primeiro quarto só marcaram de três pontos (6/9). O Real Madrid conseguiu conter os atiradores blaugrana e chegou aos 18-0 nos primeiros dez minutos.
Com Tavares a descansar durante algum tempo - não muito - e com a velha guarda, Chacho e Rudy, já em campo, os homens de Jasikevicius não mudaram nem um bocadinho o seu plano de tiro exterior. Enquanto Hezonja se encarregava de aniquilar Mirotic (0 pontos na primeira parte), eram Kuric e Jokubaitis que substituíam Abrines para quebrar a tímida defesa da zona branca (30-25 aos 15').
Sangue, suor... e dentes
A intensidade era tão grande, cada posse de bola tão importante, que o jogador lituano bateu com a cabeça no chão e partiu dois dentes. A sua ausência não afectou o Barça, que continuou, com Satoransky e os seus fundamentos, a esticar o elástico, com uma vantagem de nove pontos que Llull reduziu no apito final. Porquê mudar? Ao intervalo, 42-36 para o Barcelona, com 9 pontos de Abrines, e 10 pontos e 7 ressaltos de Tavares.
Tavares, ligado; Mirotic, desligado
É curioso que em confrontos como este, nenhuma das principais armas ofensivas, Mirotic e Musa, tenham aparecido. Em Madrid, o sistema foi o de dar bolas a Tavares (16P, 10R em 30 minutos), o único capaz de fazer estragos. O Barça teve de se proteger das faltas, quatro para Abrines e Sanli, três para Vesely. A defesa foi então afetada, ao ponto dos homens de Chus Mateo terem feito uma série de 0-13 para virar o jogo (47-54, 27') e entrar no último quarto com uma vantagem de 55-58.
Chachismo, uma verdadeira arte
O Barcelona estava em apuros. Musa já tinha acordado com 7 pontos no terceiro quarto, mas Mirotic continuava a zeros. Felizmente para o Barça, Laprovittola estava a arder e empatou o jogo a 58, com mais uma bola de três pontos do argentino Pampa. Foi então que Sergio Rodríguez pegou fogo, como tinha feito no jogo 5 contra o Partizan. El Chacho foi a chave, liderando uma série de 3-11 (61-68, 36') que deixou Jasikevicius muito zangado. Era essa a chave para um lugar na final. Mirotic decidiu finalmente aparecer, mas a defesa merengue era uma muralha (63-73, 38').
Abrines fez um triplo a um minuto e meio do fim para reanimar a sua equipa, mas Hezonja respondeu a 35 segundos do fim para selar a vitória do Real Madrid e repetir a história do ano passado. Na final, depois de vencer por 66-78, o Madrid espera escrever uma história muito diferente contra o Olympiacos para conquistar o seu décimo primeiro título da Euroliga.
