James reagiu à derrota da sua equipa Los Angeles Lakers na final da Conferência Oeste, em maio, dizendo que tinha"muito em que pensar", no meio de especulações de que estava a considerar abandonar o desporto.
Mas, num discurso proferido na cerimónia dos ESPY Awards, na passada quarta-feira, James dissipou quaisquer receios de que estivesse pronto para desistir. "Não me interessa quantos pontos marco, ou o que posso ou não posso fazer no campo", disse depois de receber o prémio de melhor desempenho por ter ultrapassado Kareem Abdul-Jabbar como o melhor marcador de sempre da liga.
"A verdadeira questão para mim é: 'Posso jogar sem fazer batota? Posso jogar este jogo sem fazer batota? No dia em que não puder continuar a dar o meu melhor em campo, estarei acabado. Felizmente para vocês, esse dia não é hoje", reiterou.
"Nos 20 anos em que tenho jogado este jogo e em todos os anos que o antecederam, nunca fiz batota e nunca tomarei este jogo como garantido", acrescentou.
"Ainda me resta alguma coisa"
James, que completa 39 anos em dezembro, rejeitou as sugestões de que queria continuar a jogar na NBA com um ou ambos os seus filhos - o seu filho mais velho, Bronny James, que vai jogar basquetebol universitário na próxima época na Universidade do Sul da Califórnia, e que poderia possivelmente entrar na NBA a tempo da época 2024/25.
"Sabem o que me faz voltar todos os anos? É ver e treinar os meus filhos e os seus colegas de equipa. Vejo estes miúdos e isso faz-me lembrar porque é que jogo. Estes miúdos trazem-me de volta para onde preciso de estar, que é no puro amor por este belo jogo. Por isso, sim, ainda me resta alguma coisa. Ainda me restam muitas coisas", declarou.
"Quando a época terminou, disse que não tinha a certeza se ia continuar a jogar e sei que muitos especialistas vos disseram o que eu disse, mas agora estou aqui para falar por mim", rematou.
Recorde-se que James assinou uma extensão de contrato de dois anos com os Lakers em agosto passado, que o manterá no clube até a temporada 2024/25.