Recorde as incidências da partida
Em resposta à pesada derrota sofrida no jogo anterior, a equipa de Boston foi avassaladora, não desperdiçando o segundo match point, para, exatamente 16 anos depois, voltar a arrebatar o cetro e a deixar para trás na liderança do ranking os rivais Los Angeles Lakers (17 títulos, o último em 2020), repetindo os triunfos de 1957/58, 1958/59, 1959/60, 1960/61, 1961/62, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1965/66, 1967/68, 1968/69, 1973/74, 1975/76, 1980/81, 1983/84, 1985/86 e 2007/08.
O jogo do título acabou por não ter história, já que os Celtics nunca estiveram a perder, acabaram o primeiro período já 10 pontos à maior (28-18) e a primeira parte com mais 21 (67-46), margem que pouco baixou ao longo de toda a segunda parte.
Num conjunto em que todos os elementos do cinco estiveram em grande nível, Jayson Tatum, autor de 31 pontos, 11 assistências e oito ressaltos, foi o melhor.
Jaylen Brown, eleito o Jogador Mais Valioso (MVP) das finals, acrescentou 21 pontos, oito ressaltos e seis assistências, Jrue Holiday juntou 15 pontos e 11 ressaltos, Derrick White somou 14 pontos e oito ressaltos e Al Horford, finalmente campeão, fechou com nove pontos e nove ressaltos.
Do banco, do qual não saiu o português Neemias Queta, que não deixa por isso de ter tanto direito ao anel com os seus companheiros de equipa, ainda vieram oito pontos de Sam Hauser, cinco de Kristaps Porzingis e três de Payton Pritchard.
Na formação de Dallas, o esloveno Luka Doncic acabou com 28 pontos, 12 ressaltos e cinco assistências, mas maquilhou os números com o jogo decidido, enquanto Kyrie Irving a outra estrela, ficou-se pelos 15 pontos e nove assistências, com Josh Green a sobressair, com 14 pontos.
Depois do desaire em Dallas no quarto jogo por 38 pontos, que chegaram a ser 48, os Celtics entraram com enorme determinação, sobretudo na defesa, mostrando-se implacáveis perante Luka Doncic, e chegaram rapidamente a 9-2.
Com dois triplos de Green e um de Exum, os Mavs colocaram-se a um ponto (19-18), mas os anfitriões começaram a inclinar o jogo para o seu lado com um 9-0 nos derradeiros 1.54 minutos do primeiro quarto, para uma vantagem de 10 pontos (28-18).
Os Mavericks fraquejaram, com Doncic e Irving muito erráticos, e os Celtics não mais perderem o comando das operações, sendo que, muito certeiros nos triplos (10 em 21 a meio), foram aumentando a vantagem, que num ápice atingiu os 15 pontos (46-31).
Os forasteiros ainda se colocaram a nove (48-39), só que a parte final do cinco de Joe Mazzulla foi, de novo, demolidora, com um parcial final de 19-7, encerrado com um triplo antes de meio-campo de Pritchard, que colocou a diferença em 21 (67-46).
Para ainda sonhar com o triunfo, os Mavs precisavam de uma grande reentrada, mas isso não aconteceu, muito pelo contrário, com os Celtics a conseguir passar num ápice a diferença para 26 pontos (78-52), com 2.50 minutos jogados na segunda parte.
Mesmo continuando muito erráticos, os forasteiros ainda acabaram por ganhar o parcial, por 21-19, só que com os locais a controlarem sempre os acontecimentos, entrando para o último o quarto período com 19 pontos à maior (86-67).
No último período, os Celtics nunca deixaram os Mavs aproximar-se e garantiram sem problemas o triunfo, e ao 18.º cetro.
Doncic muito desiludido, Brown muito feliz
A desilusão do craque esloveno estava estampada na sua cara após o apito final. O facto de só ter podido jogar com dores devido a uma lesão no pé no quinto jogo não foi desculpa: "Não se trata de saber se tive ou não dores. Eu estava lá fora. Tentei jogar, mas não fiz o suficiente".
Do outro lado, havia muitas caras felizes. Jayson Tatum terminou a noite com 31 pontos e 11 assistências - e como o novo campeão da NBA. Juntamente com o seu simpático companheiro Jaylen Brown (21 pontos), dominou as finais da NBA. Brown foi mesmo eleito o MVP das finais.
Nos cinco jogos anteriores, ele teve uma média de 20,8 pontos, 5,4 ressaltos, 5 assistências, 1,6 roubos de bola e 0,8 bloqueios. Contra os Mavericks, o jogador de 27 anos cuidou principalmente de Doncic.