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NBA: Comboio dos Mavericks parece imparável, mas Celtics não têm outra opção senão vencer

Parar Luka Doncic é a chave para os Celtics
Parar Luka Doncic é a chave para os CelticsProfimedia
Uma final semi-esperada para fechar a época da NBA. Se a presença de Boston é lógica, uma vez que os Celtics honraram facilmente o estatuto de grandes favoritos no Este, Dallas contrariou as probabilidades ao emergir da selva do Oeste, com a confiança do seu lado.

Contexto

A Este, nada de novo... Todos apontavam os Boston Celtics como favoritos, e o conjunto onde atua Neemias Queta fez jus a essa previsão. Em termos de talento, profundidade do plantel e estatuto, era difícil contrariar a equipa de Joe Mazzulla, que foi construída para o título e passou a época regular com as mãos no guiador. Esperávamos por ver o desempenho desta equipa nos play-offs e não desiludiram.

Só os maliciosos poderão argumentar que as lesões dos adversários são a principal razão pela qual estão na final: este tipo de argumento surge todos os anos, porque todos os anos há lesões e antecipá-las é complicado para qualquer equipa médica. Mas isso é outro debate.

Os Celtics assumiram a sua obrigação de vencer, vingaram-se dos Heat, deram cabo dos Cavaliers e puseram fim ao conto de fadas dos Pacers. Em todos os casos, foi um desempenho magistral, baseado na força colectiva que todos conhecemos. É claro que os líderes fizeram o seu trabalho, mas Boston nunca deu a impressão de estar a forçar alguma coisa. O tiro pode sair pela culatra se as coisas apertarem, mas não se esqueçam de que os C's terão Porzingis de volta, depois de falhar a maior parte dos play-offs. Portanto, todas as luzes estão verdes.

No Oeste, por outro lado, é sempre difícil escolher um único favorito no início da temporada. Mas mesmo que se alargasse a lista, os Dallas Mavericks não faziam parte dela. E durante a primeira metade da época, foi fácil perceber porquê. Com um talento inacreditável, mas tão inconsistente, os texanos não conseguiram estabelecer-se como um favorito duradouro. Mas a trade deadline ("data limite para trocas") mudou tudo.

A direção arriscou, contratando PJ Washington e, depois, Daniel Gafford para dar à equipa um verdadeiro talento interior e contrabalançar o backcourt que toda a NBA inveja. Tudo o que faltava era fazer tudo funcionar, e Jason Kidd aumentou suavemente a pressão sobre a equipa, que terminou a época regular com 16 vitórias nos últimos 20 jogos.

Os Mavs aproveitaram esse momento para afastar os Clippers (finalmente), depois enfrentaram a melhor equipa da fase regular do Oeste, os Thunder, e provaram que estavam no bom caminho para uma grande campanha nos playoffs. A final da conferência, contra os Wolves, foi rapidamente resolvida, dando à equipa tempo para ganhar energia para o grande jogo.

Histórico

As duas equipas encontraram-se duas vezes na época regular - ambas com triunfo dos Celtics- mas é difícil tirar conclusões. Os dois jogos aconteceram antes do prazo de trocas, numa altura em que Mavs estavam a remodelar o seu plantel. Desta vez, as duas equipas vão defrontar-se na máxima força.

Boston, juntamente com os Lakers, é a equipa mais bem sucedida da história, com 17 troféus Larry O'Brien. Mas apenas um no século XXI (2008), o mesmo número que os Mavs (2011). No entanto, os Celtics são muito mais consistentes ao mais alto nível, como comprovam as 6 finais de conferência nas últimas 8 épocas.

Análise do 5 inicial

Jrue Holiday vs Luka Doncic: Luka Magic é indiscutivelmente o melhor jogador da final. Por isso, será crucial limitar ao máximo possível a sua influência. Como um dos melhores defesas da liga, Holiday será logicamente enviado para se colar aos calcanhares do esloveno. Será uma tarefa complicada, dada a natureza milagreira de Doncic, mas o título estará, sem dúvida, a esse preço.

Derrick White vs Kyrie Irving: Se Doncic consegue andar sobre a água, o que podemos dizer de Irving? Uncle Drew é impecável como segunda opção, ultra-complementar ao líder e, acima de tudo, é talvez o jogador mais experiente desta final. Do lado oposto está White, uma das grandes revelações da época, um jogador muito fiável nos dois lados do campo que encantou com explosões ofensivas, mas é na defesa que terá de dar o seu melhor desta vez.

Jaylen Brown vs Derrick Jones Jr.: Galvanizado pelo prémio de MVP das Finais da Conferência, Brown vai estar em grande forma. Afinal, ele foi sem dúvida o melhor da equipa nas Finais de 2022. Tem até um confronto favorável, mas cuidado com DJJ, um excelente defesa, que vai querer prender uma das principais armas de Boston para justificar o seu estatuto e aproveitar um pouco as luzes dos holofotes.

Jayson Tatum vs PJ Washington: Tatum desiludiu nas finais de há dois anos. Sem dúvida que o líder indiscutível da equipa vai querer vingar-se depois de ter ficado em segundo plano na final da conferência. Vai defrontar o antigo Hornet, que está mais do que feliz por disputar o título e que convém não ser esquecido, tendo sido decisivo sobretudo contra os Thunder.

Kristaps Porzingis vs Daniel Gafford: Este será certamente um encontro especial para o letão, que foi descartado de Dallas quando era suposto tornar-se tenente de Luka. Encontrou agora uma posição que lhe convém nos Celtics, mas o seu corpo ainda está recuperar a melhor forma, depois de só ter feito quatro jogos nos playoffs. Pela frente tem o seu antigo companheiro dos Wizards, que joga num registo completamente diferente, mas que é uma peça essencial no plantel dos Mavs, onde reforçou o grupo. Um confronto de estilos crucial.

O banco

Em teoria, Boston tem vantagem, sobretudo porque o regresso de Porzingis permitirá utilizar Al Horford durante menos tempo, o que tornará o dominicano mais perigoso em termos de impacto. No entanto, alguns jogadores terão de melhorar nos poucos minutos que lhes serão dados, como Payton Pritchard e Sam Hauser.

Os Dallas têm, no entanto, alguns argumentos a apresentar, nomeadamente Dereck Lively II, que teve uma prestação histórica ao converter 100% dos lançamentos na final da conferência, e que está a tornar-se cada vez mais importante no jogo aéreo, o que ainda é mais relevante se tivermos em conta que estamos a falar de um rookie. O fator X terá de ser Tim Hardaway Jr, que tem desiludido até agora, enquanto Maxi Kleber deverá ter alguns minutos de jogo.

Previsão

No início da época, a equipa de Boston era não só a favorita no Este, mas também em toda a NBA. Era de esperar que a equipa que saísse viva da selva do Oeste estaria de rastos antes de começar as finais, mas com apenas cinco derrotas no playoff, os Mavs apresentaram muito bem o seu caso e tiveram quase uma semana para recuperarem.

Os Dallas são uma nova força a ter em conta, sendo a única equipa do Oeste com duas finais de conferência nas últimas 4 épocas. Não é tão bom como o registo dos Celtics, mas prova que os texanos têm o que é preciso para jogar ao mais alto nível. Ainda assim, em termos de qualidade de plantel, os Boston estão à frente e parecem ter mais poder de fogo. Acima de tudo, foram construídos para o título, pelo que uma derrota seria, sem dúvida, devastadora. Tendo em conta os riscos assumidos antes da época, os Celtics estão praticamente obrigados a ganhar, o que acrescenta uma camada extra de pressão.

Mas as finais também têm a ver com defesa, mentalidade e execução. O plano de jogo dos Celtics é mais polido, enquanto o dos Mavs é potencialmente mais devastador. A batalha dos treinadores promete ser especial, sem verdadeiros favoritos, uma vez que as rotações serão, de qualquer forma, limitadas. É difícil escolher.

Por isso, vamos escolher a equipa com o melhor jogador. Luka Doncic nunca participou numa final da NBA, mas é difícil imaginar que o esloveno passe ao lado. E embora a força coletiva de Boston possa parecer superior, a de Dallas não é ridícula e, sublimada pelo génio esloveno, deverá superar a onda verde. 4-2 Dallas, é a nossa previsão, e esperamos muito suspense e um nível de jogo à altura do acontecimento.