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NBA: Draft com sotaque francês e a incógnita Bronny James

AFP
Draft da NBA realiza-se na quarta-feira
Draft da NBA realiza-se na quarta-feiraReuters
Um ano após a chegada de Victor Wembanyama, a NBA realiza na quarta-feira o draft mais incerto dos últimos anos, com dois outros franceses como favoritos e a grande incógnita sobre o destino de Bronny James, filho de LeBron.

A tradicional cerimónia de seleção de jovens talentos do basquetebol terá lugar no Barclays Center, em Brooklyn (Nova Iorque), com um formato desta vez alargado para dois dias.

As equipas da NBA completaram a primeira ronda de 30 escolhas na quarta-feira, a partir das 20:00 locais (01:00, em Lisboa).

Em vez de se realizar na mesma noite, a segunda ronda terá lugar na quinta-feira (22:00) e espera-se que Bronny James seja escolhido, embora não estejam excluídas surpresas.

Dois promissores jogadores franceses, Zaccharie Risacher e Alex Sarr, estão no topo das apostas para serem escolhidos como número um pelos Atlanta Hawks, uma equipa que não conseguiu chegar aos playoffs apesar de ter estrelas como Trae Young e Dejounte Murray.

Se a previsão se concretizar, a França estabelece-se como o principal centro de recrutamento da NBA fora da América do Norte.

O prestígio do país europeu está em alta depois da escolha do número um Victor Wembanyama (Spurs) ter estado à altura das enormes expectativas e cumpriu uma das melhores épocas para um rookie na história recente.

Wemby é considerado o futuro emblema de uma liga já dominada por estrelas estrangeiras, como o sérvio Nikola Jokic (Nuggets), o camaronês Joel Embiid (Sixers), o grego Giannis Antetokounmpo e o esloveno Luka Doncic (Mavericks).

Este ano, os especialistas não esperam que surja uma estrela desse calibre e consideram que esta geração é uma das piores dos últimos anos.

O draft mais incerto

Risacher, 19 anos, é um extremo magro de 2,06 m que possui o perfil mais procurado na NBA atualmente: bom tiro de fora e uma grande envergadura para fazer a diferença na defesa. A joia dos franceses JL Bourg nasceu em Málaga (Espanha), quando o seu pai Stephane jogava no Unicaja.

Também com 19 anos, Sarr é um poste de 2,13 m que deve causar impacto imediato na defesa, mas que também ampliou o seu papel ofensivo na última passagem pelos Perth Wildcats, da liga australiana.

O sorteio do draft estabeleceu que, depois de Atlanta, as próximas escolhas irão para os Washington Wizards, Houston Rockets, San Antonio Spurs e Detroit Pistons.

A completar o top-5, esperam-se os bases Reed Sheppard (Universidade de Kentucky) e Stephon Castle (Connecticut), além do extremo de origem lituana Matas Buzelis, da filial Ignite na G-League.

A sombra de LeBron

Depois de os favoritos serem recebidos pelo comissário Adam Silver, as atenções começam a centrar-se no destino de Bronny James. Com base nas capacidades e potencial, os analistas colocam o filho mais velho de LeBron James no final da segunda ronda, na melhor das hipóteses.

O extremo, conhecido pela baixa estatura (1,93m) e pela falta de pontaria no exterior, decidiu entrar no draft depois de apenas uma época e com um percurso acidentado na Universidade da Califórnia do Sul (USC).

Antes do início desta época, Bronny sofreu uma paragem cardíaca durante um treino que pôs em risco a sua carreira.

O jogador de 19 anos conseguiu estrear-se na USC cinco meses mais tarde, mas o seu desempenho ficou aquém das expectativas e ninguém parece vê-lo como uma potencial estrela.

No entanto, o seu lugar neste draft está inevitavelmente ligado a LeBron James, a superestrela dos Los Angeles Lakers, que há anos avisou que gostaria de partilhar uma equipa com o filho antes de se reformar. Os Lakers, que temem que LeBron accione a cláusula para sair para outra equipa, poderão concretizar o seu desejo, uma vez que têm duas escolhas neste draft, a 17 e a 55.

Mas outras franquias poderiam utilizar a moeda de troca para atrair King James, que aos 39 anos ainda tem um alto nível de jogo e popularidade.

Aparentemente alheio a estas estratégias, Bronny reafirmou que quer jogar numa equipa que o valorize pelas suas capacidades.

"Sinceramente, sinto que isto é um negócio sério e não creio que alguém pense em escolher um jogador só porque pode ficar com o pai dele. Trabalhei muito e quero ser escolhido por ser quem sou", disse ele em maio.