Ben Yedder condenado a dois anos de prisão com pena suspensa por agressão sexual
Nas alegações finais, em 15 de outubro, o procurador tinha pedido um ano de prisão e 18 meses de liberdade condicional para o jogador de 34 anos, o segundo melhor marcador da história do AS Monaco, mas sem clube desde o fim do contrato com os monegascos, no verão passado.
"Não me lembro de nada, não posso dizer se o fiz. É por causa do álcool que estou aqui. Sem álcool, não me ocorreria. Peço desculpa a (a vítima), à sua família, à minha família", disse Ben Yedder, no início do julgamento, em outubro.
Na noite de 6 de setembro, Wissam Ben Yedder estava a beber no seu carro, num parque de estacionamento perto de uma praia situada ao fundo da estrada da sua casa em Cap d'Ail, nos arredores do Mónaco. Aí fez amizade com um grupo de jovens, três rapazes que o conheciam e duas raparigas mais desconfiadas.
Ben Yedder estava sob vigilância judicial no momento dos factos, depois de ter pago uma fiança de 900.000 euros: outra jovem acusou-o de violação durante uma saída nocturna no verão de 2023.
"Ele alternava entre a simpatia e a agressividade", conta a vítima de 23 anos, explicando que acabou por aceitar, "por medo", entrar no carro do jogador, que a conduziu contra a sua vontade até ao parque de estacionamento da sua residência. Aí, o jogador acariciou a coxa da jovem, que o afastou, masturbando-se depois com uma mão e tentando com a outra atraí-la para um beijo.
Inicialmente atordoada, a vítima conseguiu abrir a porta do carro e fugir. Alertou a polícia, que deteve o jogador em sua casa.
Outros processos
Paralelamente, o avançado deverá também ser julgado no final de dezembro por maus tratos psicológicos à mulher, no âmbito do divórcio de maio de 2023.
Além disso, foi condenado em Sevilha, no ano passado, a seis meses de prisão e a uma multa de mais de 130 mil euros por fraude fiscal, e está também envolvido num outro litígio com a sua antiga agente Meïssa Ndiaye.