Os canarinhos entraram em campo com quatro baixas importantes: Dani Figueira, Pedro Álvaro e João Carvalho, suspensos, e Tiago Gouveia, cedido pelo Benfica, não puderam contribuir para Nelson Veríssimo, ele que foi o antecessor de Schmidt no comando das águias. Nos encarnados, Gonçalo Ramos ficou - surpreendentemente - fora da ficha de jogo, rendido por Musa, e Chiquinho mereceu a primeira titularidade da época.
O Benfica, invicto na temporada e na ressaca de uma goleada em Israel (6-1) que valeu o primeiro lugar na Liga dos Campeões, acabou por chegar à vantagem já depois de uma soberana oportunidade para inaugurar o marcador para ambos os lados - primeiro por Rafa, depois Rodrigo Martins foi negado por Vlachodimos.
À passagem dos 25 minutos, Grimaldo olhou para a área e bombeou um cruzamento entre os defesas para Musa, que saltou mais alto e cabeceou de forma exímia junto ao poste de Pedro Silva.
Quatro minutos depois, magia no Estádio António Coimbra da Mota: Enzo Fernández levantou um canto ao primeiro poste, Chiquinho antecipou-se à defesa de calcanhar e, na pequena área, o jovem central António Silva desviou, também de calcanhar, para o fundo das redes.
Aos 37, um espetacular minuto de futebol: num canto para o Estoril Praia, Erison cabeceou para a baliza com Musa a aliviar contra a trave e António Silva a bloquear a recarga certeira de Rosier, os encarnados saíram no contra-ataque com Rafa, que serviu Enzo Fernández na área e o argentino rematou para defesa apertada de Pedro Silva, com o esférico a ser afastado na linha de golo.
Se os dois golos abaterama formação de Nélson Veríssimo, então aos 40 minutos, o submarino canarinho foi ao fundo. Em nova bola parada, Rafa teve tempo e espaço para cruzar para Florentino ao segundo poste, o trinco cabeceou para a pequena área onde apareceu António Silva para bisar e piscar o olho a Fernando Santos, antes da convocatória para o Mundial-2022.
O intervalo chegou tarde para a formação de Nélson Veríssimo que pouco pôde fazer perante um Benfica que casou eficácia com nota artística e tornou aquela que poderia ser um deslocação complicada num passeio pela Amoreira.
No reatamento, Musa acertou no poste e ficou perto bisar antes de ser substituído, numa gestão com toque de Midas de Schmidt. Com a vitória praticamente garantida e o Mundial-2022 e a Taça de Portugal à porta, o técnico retirou Rafa, Musa e Chiquinho para lançar Henrique Araújo, Diogo Gonçalves e David Neres.
Na primeira vez que tocou na bola, o extremo brasileiro aproveitou a perda de bola de Rosier e lançou João Mário na área, com o internacional português a fazer o 4-0 e a igualar o registo de golos apontados das últimas quatro épocas!
Pouco mais de 10 minutos depois, Henrique Araújo viu o seu golo ser anulado por fora de jogo de Florentino, mas o 5-0 acabaria por surgir, também vindo do banco, numa bomba de Ristic, aos 89 minutos, que bateu Pedro Silva.
Já em tempo de compensação, surgiu o golo de honra dos canarinhos, também saído do banco, com Serginho a punir a passividade da defesa benfiquista para marcar o primeiro golo sofrido fora de casa dos encarnados.
Homem do jogo Flashscore: António Silva (Benfica).
