Benfica voou, goleou o Maccabi Haifa (6-1) e alcançou o topo do grupo H da Champions
Recorde as incidências do jogo
Roger Schmidt via-se obrigado a mexer pela ausência do castigado Enzo Fernandez, que falhou o seu primeiro jogo pelo Benfica na presente temporada, e para o seu lugar entrou Florentino, que fez dupla com Aursnes no meio-campo.
Já Barak Bakhar promoveu duas alterações em relação ao último jogo dos israelitas, com as saídas de Mavis Tchibota e Omer Atzili, e as entradas Tjarron Chery e Abu Fani.
Motivados pela necessidade de um bom resultado na jornada decisiva da fase de grupos da Liga dos Campeões, os homens de Haifa entraram dominantes e tiveram a primeira grande oportunidade do encontro pelo pé direito de Dean David, após má abordagem de António Silva e falha de marcação de Otamendi, que perdeu no confronto físico com o avançado. No entanto, cara a cara com Vlachodimos, David atirou um palmo ao lado do poste, para desespero do treinador Barak Bakhar.
A resposta não tardou, naquela que foi a exceção ao controlo do Maccabi Haifa nos primeiros 10 minutos. Gonçalo Ramos, no coração da área, rematou de pé esquerdo e de primeira, após investida de Aursnes, mas acertou no poste da baliza contrária. Estava dado o primeiro aviso do Benfica, reforçado poucos minutos depois por Rafa, que, desde a entrada da grande área, visou a baliza dos locais com um remate em jeito que obrigou Josh Cohen a defesa de belo efeito.
Diz o ditado que “à terceira é de vez” e assim foi. Estavam decorridos 19 minutos quando, na sequência de um canto, Alexander Bah colocou a bola na cabeça de Otamendi e o defesa-central, de primeira, serviu Gonçalo Ramos, que também de cabeça atirou para o primeiro golo da partida.
Estava feito o mais difícil para a formação portuguesa, mas a festa não durou muito. Cinco minutos volvidos e, após cruzamento de Cornud, a bola acabou por desviar no braço do lateral-direito do Benfica. Depois de alertado pelo VAR, Anthony Taylor foi confirmar as imagens e apontou para a marca de grande penalidade. Chamado a converter, Chery não tremeu e devolveu a igualdade ao marcador.
O equilíbrio mantinha-se, mas a primeira grande surpresa surgiu à passagem da meia-hora, quando Roger Schmidt abdicou de Gonçalo Ramos, aparentemente tocado, e de Aursnes, lançando Petar Musa e Chiquinho. E a verdade é que o médio deu de si minutos depois, insistindo pelo meio para entregar a Grimaldo, que, subido no terreno, atirou ligeiramente ao lado.
Musa não quis ficar-lhe atrás e não tardou a marcar a sua presença, já que, logo depois, aproveitou uma boa combinação pela direta para, desde boa posição, rematar, ainda que pouco acima da trave.
O intervalo chegou com um Benfica mais estabilizado e a segunda parte arrancou com nova oportunidade das 'águias'. Bah, a todo o gás, surpreendeu tudo e todos pelo corredor direito e cruzou para Chiquinho, mas o médio, de primeira, não conseguiu mais do que um remate ao lado.
O lateral conquistava o seu espaço e, aos 59 minutos, compensou o erro da primeira parte ao servir Musa com conta, peso e medida, com o avançado a cabecear de forma confiante, sem dar hipótese de defesa a Josh Cohen.
Barak Bakhar mexeu, arriscou, mas as intenções do técnico não se traduziam em campo e, aos 69 minutos, Grimaldo deu mais uma machadada nas pretensões israelitas. Após falta sobre Chiquinho, à entrada da grande área, o lateral-esquerdo pegou na bola, preparou-a e atirou a contar, ampliando a vantagem portuguesa.
O resultado assentava bem aos encarnados, que melhor ficaram três minutos depois. Neres, até então apagado do jogo, encarou a defesa contrária e soltou na hora certa, assistindo Rafa que, com um toque de classe, deu contornos de goleada ao resultado.
A intensidade parecia esfriar, mas os planos do Benfica eram outros, até porque a goleada podia trazer consigo o primeiro lugar do grupo H pela diferença de golos em comparação com o Paris Saint-Germain. Schmidt lançou Diogo Gonçalves e Henrique Araújo e foi dos pés de ambos que saíram mais uma grande oportunidade e um novo golo. Primeiro foi Diogo a visar a baliza adversária, com um remate travado pelo poste, e na sequência coube ao avançado o desvio vitorioso, após nova assistência de Bah.
O domínio das 'águias' era claro e a meia-dúzia não tardou. Com dois dos três minutos de descontos jogados, João Mário rematou desde o meio da rua e fechou as contas de uma goleada muito bem conseguida do Benfica, garantindo o primeiro lugar aos encarnados, que igualaram os franceses em pontos e no registo de golos marcados e sofridos na prova, mas marcaram por mais vezes em jogos na qualidade de visitante.
No final, e após as devidas confirmações, tendo em conta o contexto raro, chegaram as justificadas celebrações no relvado do Sammy Ofer Stadium, depois de uma segunda parte fantástica e de uma prestação recorde do clube na fase de grupos da Champions.
Flashscore Homem do Jogo: Alexander Bah (Benfica)