As federações podem manter-se fiéis à Associação Internacional de Boxe (IBA), que já não é reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI), e ainda assim aderir ao Boxe Mundial, explicou.
"Não se trata de uma competição entre a World Boxing e a IBA. Trata-se de manter o boxe nos Jogos Olímpicos", disse Van der Vorst à Reuters durante a reunião geral do Conselho Olímpico da Ásia (OCA).
"Para mim, não importa se uma federação nacional quer ficar com outras federações internacionais. Isso é com eles. Mas podem continuar a juntar-se à World Boxing porque nós permitimos. É um período de transição e temos de respeitar o facto de todos estarem a ver o que é melhor para os seus pugilistas", acrescentou.
"Acordem"
O COI suspendeu o reconhecimento da IBA no ano passado porque a organização não conseguiu implementar reformas na governação e nas finanças. No início do próximo ano, o COI decidirá se o desporto será incluído no programa de 2028. O COI advertiu que o desporto do boxe será posto de lado em Los Angeles se as federações nacionais de boxe não nomearem um novo organismo mundial.
A reunião geral da OCA foi uma plataforma que Van der Vorst utilizou para instar as federações nacionais de boxe a atuar rapidamente.
"Temos de apresentar resultados dentro de alguns meses e temos de mostrar ao COI que queremos continuar no movimento olímpico", afirmou.
"Espero que compreendam o que está em jogo - as finanças dos sindicatos, a participação em eventos multidesportivos e, acima de tudo, os sonhos olímpicos dos seus próprios pugilistas. Por isso, acordem e, pelo menos, trabalhem no futuro dos vossos próprios pugilistas", alertou.
45 federações de boxe
A World Boxing é atualmente apoiada por 45 federações de boxe, mas esse número deverá aumentar em breve, segundo o executivo neerlandês.
"Esperamos representar toda a gente no mundo do boxe. Por isso, queremos ter uma representação global", afirmou.
A Confederação Asiática de Boxe decidiu no mês passado manter-se na IBA. Van der Vorst prometeu, no seu discurso na reunião da OCA, que o continente teria uma forte representação no novo organismo.
"Na World Boxing, garantimos que a Ásia terá uma voz - nos comités, nas comissões e na direção", disse aos delegados.