Desde então, Conor Benn, que testou positivo para Clomifeno, substância proibida, foi ilibado do crime de dopagem intencional pela World Boxing Council (WBC), que confirmou que "um consumo elevado de ovos" originou a análise registada.
"Magoou-me. Não pensei que conseguiria superar este período. Estava a levar dia a dia. Não pensei que iria ver outro dia", contou o boxista, em entrevista no programa Piers Morgan Uncensored.
Questionado sobre se teve pensamentos suicidas, Benn confirmou. "Diria que sim. E isso chateia-me, porque não sei como ficou tão mau. Entrei num lugar muito mau. É difícil, porque senti que estava condenado à morte por algo que não tinha feito... Senti que sete anos de trabalho duro e de sacrifício, durante os quais deixei a minha família, bem como a minha imagem, estariam arruinados pela incompetência de alguém", atirou.
Conor Benn, que alegou inocência, continua sob investigação por parte da UKAD, a entidade britânica anti-doping, e renunciou à sua licença de boxe depois de o combate contra Eubank Jr. ter sido cancelado.
Filho de Nigel Benn, antigo campeão mundial de boxe, Conor revelou ainda que a sua família foi visada nas redes sociais. "Houve muitos... "Mata-te", comentários racistas sobre o meu filho, sobre a minha família. Eu tinha pesadelos, ataques de pânico. Estava mesmo a lutar. Estava numa espiral mesmo má e a lidar terrivelmente com isso", explicou.