“(Ser bicampeã da Europa dá-me) Confiança. Faço isto por mim, não pelos outros. E por quem sempre me apoiou, não por quem apareceu depois de aparecerem as medalhas. É uma confiança. Quem sempre me apoiou mais confiança me dá e vim aqui para lutar, é essa a mentalidade. As medalhas são um acréscimo”, vincou Maria Luís Gomes, em declarações à Lusa.
Em julho, em Poznan, na Polónia, a atleta de Ponte de Lima estreou-se em competições internacionais com dois títulos europeus em K1, nas provas curtas e longa, sendo que, nestes Mundiais, em Metkovic, na Croácia, apenas esta integra o programa, num desafio com 19 quilómetros de percurso.
“Vim lutar pelas medalhas, o meu objetivo principal. Além disso, desfrutar. É a minha primeira vez numa competição deste calibre. Estou a aproveitar o processo. É muito bom estar presente. Vim e vou dar o meu melhor. Deixar tudo na água para trazer uma medalha”, reforçou.
Maria Luísa Gomes, que só em agosto completou 18 anos, diz ser uma competidora forte nas portagens (sair da água com o caiaque e correr cerca de 200 metros até voltar ao rio) e no ritmo de meio da prova, assumindo que pode “melhorar no arranque e no sprint final”.
“Não sou má, nem boa”, diz a futura estudante universitária, que sofreu um “choque de felicidade” quando se sagrou bicampeã da Europa, algo que ainda considera “inacreditável”.
A atleta limiana sabia que estava “bem preparada”, contudo admitiu que “ninguém conta ir pela primeira vez a um Europeu e ser duas vezes campeã”, uma experiência “muito boa” e que, acima de tudo, serviu para “abrir perspetivas”.
Verdadeira amante de desporto, experimentou várias modalidades, mas foi na canoagem que se fixou, pois, além de “gostar da companhia”, este desporto conferiu-lhe uma “espécie de equilíbrio” à sua vida, ajudando-a a “espairecer a cabeça” e a divertir-se.
O desafio de 19 quilómetros principia na quinta-feira, às 09:00 locais (08:00 em Lisboa).