Canoagem: Selecionador saúda José Ramalho vintage nos Mundiais maratonas
“Um Ramalho ao seu melhor nível, versão 2018, vintage. Largada algo complicada com vento e ondas, tentámos solução para não entrar água no barco e, quando parecia que estava tudo perdido, Ramalho renasceu. Começou a meter o seu ritmo, ficou terceiro, chegou a estar a mais de dois minutos do segundo e, em volta e pouco, apanhou-o. Para ele é ouro. O Mads Pedersen está a outro nível, mas tem quase 20 anos de diferença para o Ramalho”, esclareceu.
Esta foi a terceira prata em Mundiais de José Ramalho, que contabiliza também três bronzes: ao sete vezes campeão da Europa falta apenas o título de campeão do mundo na prova longa de K1, já que o conseguiu já na short race e em K2, bicampeão com Fernando Pimenta.
“Excelente resultado também para o Rui Lacerda, que conquistou a sua primeira medalha em Campeonatos do Mundo”, elogiou, depois de o limiano, vice-campeão da Europa, ter averbando dois bronzes em Mundiais, mas em sub-23.
Enalteceu igualmente o quinto lugar de Maria Rei em K1, “continua na senda do top 5”, destacando, depois do quarto lugar da canoísta na short race, no seu ano de estreia nas maratonas.
Pelo lado negativo, o problema na portagem do júnior João Sousa, já que, num contacto não intencional de um adversário, bateu com o barco numa das paredes e rachou-o.
“Passou a prova toda a meter água. Não conseguiu o andamento e ritmo para manter-se na frente, quando estava a mostrar que era um dos candidatos, uma vez que esteve sempre na cabeça da regata”, ilustrou, sobre o sétimo classificado.
O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, destacou o “grande dia” da seleção, sobretudo “o regresso do grande José Ramalho como uma prova como há muito não se via”.
“(No) Domingo temos mais expectativas (de medalha) com o K2 júnior (campeão da Europa), e a C2 e o K2 seniores, neste casco esperando que José Ramalho e Fernando Pimenta façam o tri mundial para fecharmos este mundial com chave de ouro”, concluiu.
Portugal tem, para já, nos Mundiais de maratonas, em Metkovic, na Croácia, a medalha de ouro da júnior Maria Luísa Gomes em K1, a prata de José Ramalho em K1 e o bronze de Rui Lacerda em C1.