O tribunal de Lausanne começou a ouvir o seu caso em setembro, mas adiou o processo depois de um painel de árbitros ter pedido mais documentação. A audiência, que é fechada ao público e terminará na sexta-feira, apresentará o resto das provas, bem como as alegações finais das partes.
Valieva testou positivo para a substância proibida trimetazidina, concebida para prevenir a angina, nos campeonatos nacionais russos em dezembro de 2021, quando tinha 15 anos. A sua equipa disse que o teste positivo poderia ter sido devido a uma confusão com a medicação para o coração do seu avô.
O resultado do teste, no entanto, só foi conhecido um dia depois de ela ter ajudado o Comité Olímpico Russo (ROC) a ganhar o ouro por equipas nos Jogos Olímpicos de inverno de Pequim, em fevereiro de 2022.
O Comité Olímpico Internacional (COI) autorizou Valieva a participar na prova individual feminina apesar do teste positivo, mas disse que as medalhas da prova por equipas não seriam atribuídas até que o seu caso fosse resolvido.
O atraso na atribuição das medalhas irritou os concorrentes, tendo Vincent Zhou, um dos patinadores da equipa americana que ganhou a medalha de prata, afirmado que o sistema antidopagem mundial estava a "falhar com os atletas".
A comissão disciplinar da agência antidopagem russa (RUSADA) considerou que Valieva tinha cometido uma infração pela qual não teve "qualquer culpa ou negligência". A atleta não foi sancionada, mas os seus resultados nos campeonatos nacionais no dia em que acusou positivo foram anulados.
A RUSADA, a Agência Mundial Antidopagem (WADA) e a União Internacional de Patinagem (ISU) estão a contestar esta decisão no mais alto tribunal do desporto.
A RUSADA declarou que procurava "as consequências adequadas" para a infração, enquanto a ISU procurava uma suspensão.
A WADA pretende uma proibição de quatro anos, que incluiria a anulação dos resultados de Valieva nos Jogos de Pequim, negando efetivamente à ROC a medalha de ouro na prova por equipas.