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Caso Robinho: Itália volta a pedir extradição, Brasil pode condená-lo a pena no país

Mário Rui Ventura
Último jogo de Robinho foi em julho de 2020, pelo Istambul Basaksehir, da Turquia
Último jogo de Robinho foi em julho de 2020, pelo Istambul Basaksehir, da TurquiaAFP
A justiça italiana pediu ao governo federal do Brasil a execução da pena de nove anos de prisão efetiva para Robinho, bem como o amigo do avançado internacional brasileiro, Ricardo Falco, ambos condenados de violação sexual de uma jovem albanesa, na altura com 23 anos, numa discoteca em Milão, em 2013. Robinho vive atualmente Guarujá, afastado do mundo, e o antigo governo brasileiro, liderado por Jair Bolsonaro, negou a extradição em novembro do ano passado.

A execução da sentença, mesmo no estrangeiro, está prevista na Constituição Federal do Brasil, apesar de no primeiro pedido da justiça italiana o governo brasileiro ter negado a extradição ao abrigo do artigo 5 da Constituição brasileira, que proíbe a extradição de cidadãos nacionais.

Agora, a decisão está do lado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que terá de reconhecer a sentença italiana. No mês passado, Flábio Dino, ministro da Justiça do novo governo brasileiro, liderado por Lula da Silva, assumiu que Robinho pode cumprir, no Brasil, a pena do crime cometido em Itália.

Enquanto isso, Robinho, que fez o último jogo oficial em julho de 2020, quando representou o Istambul Basaksehir, da Turquia. O avançado, agora com 39 anos, vive num condomínio de luxo em Guarujá, seguro pelo tal artigo 5.º da Constituição Federal, de 1988, que proíbe a extradição de brasileiros nascidos em território nacional: Robinho nasceu em São Vicente, litoral de São Paulo.

Em outubro de 2020 chegou a ser anunciado como reforço do Santos mas a pressão dos adeptos e patrocinadores, precisamente perante o caso de violação em Itália, levou a que a transferência fosse cancelada.

Desde aí que Robinho vive isolado, sem sequer frequentar as suas redes sociais, exceção feita à véspera da primeira volta das eleições presidenciais, quando surgiu para dar o seu apoio público a... Jair Bolsonaro.