"Chicharito" Hernandez recebido como uma lenda no Chivas do México
Depois de cumprimentar os jogadores das equipas feminina e juvenil no balneário, Javier Hernández abraçou três ex-jogadores emblemáticos do Rebaño: Ramón Morales, Adolfo Bautista e Carlos Salcido. Depois disso, o reuniu-se com os novos companheiros de equipa:
"Quero agradecer-vos por estarem aqui, seus bastardos, de jogar na sexta-feira. Vocês não tinham obrigação de estar aqui", disse Chicharito com lágrimas nos olhos para os jogadores que na noite anterior enfrentaram o Tijuana.
"Acreditem em mim, estou feliz por estar aqui para me vingar", acrescentou Chicharito, até então vestido com um elegante fato escuro.
Minutos depois, estava vestido com a camisa listrada vermelha e branca e o calção azul do Guadalajara, e assim caminhou os últimos metros até ao relvado.
As luzes do estádio foram apagadas para aumentar a expetativa. A atmosfera era espetacular, com as bancadas iluminadas pelos telemóveis dos adeptos.
Finalmente, Chicharito apareceu, cercado por cantos e aplausos e caminhando numa passadeira enfeitada com luzes e fogo de artifício.
"Chícharo, todos nós queremos dar-lhe as boas-vindas", disse o presidente do Guadalajara, Amaury Vergara, ao novo contratado após um grande abraço.
Nos ecrãs do estádio, foi projetado um vídeo com uma compilação de mensagens de três treinadores importantes na carreira do avançado: o mexicano José Luis Real, o escocês Alex Ferguson e o italiano Carlo Ancelotti. Chicharito assistiu visivelmente emocionado.
Então, a figura da noite falou: "Olá, chivahermanos, fiquei com um nó na garganta o dia todo para voltar para casa do jeito que voltei, com todo o seu amor e todo o seu carinho... Não tenho palavras para vos agradecer".
Agradeceu também aos seus "três pais do futebol - Real, Ferguson e Ancelotti" que lhe "deram muito dentro e fora do campo".
Na mensagem aos adeptos, Hernandez também destacou a qualidade histórica que define o Guadalajara: "Se o Chivas é definido por alguma coisa, é pela coragem, porque têm coragem de jogar com mexicanos puros".
Chicharito pediu apoio incondicional à equipa agora comandada pelo técnico argentino Fernando Gago e, em troca, ofereceu dedicação absoluta.
Para encerrar a noite, o estádio começou a tocar a tradicional música mariachi e uma faixa foi estendida com a imagem do avançado onde se podia ler "Bienvenido" (Bem-vindo).
Mais de 13 anos de ausência
Foi em 8 de abril de 2010 que o Guadalajara anunciou a venda de Chicharito Hernández, então com 21 anos, para o Manchester United. O falecido empresário Jorge Vergara - então presidente do Chivas - disse ao atacante: "Espero que voltes como uma lenda".
Hernández começou a carreira no futebol europeu no verão de 2010 e, desde então, até 2020, jogou em cinco clubes: Manchester United e West Ham em Inglaterra, Real Madrid e Sevilla em Espanha, e Bayer Leverkusen na Alemanha.
Teve também uma passagem pela Major League Soccer, de 2020 a 2023, com os Los Angeles Galaxy.
Paralelamente, tornou-se o maior marcador da história da seleção mexicana com 52 golos.
Um forte impacto
Na manhã de quarta-feira, o Chivas fez o anúncio oficial do regresso do avanaçdo de 35 anos e colocou à venda online uma camisa de edição limitada com o autógrafo de Hernández Balcázar.
Um total de 140 camisolas com o apelido de Chicharito e o número 14 em dourado nas costas foram vendidas em menos de uma hora por cerca de 291,3 dólares.
Na quinta-feira, o clube de Guadalajara distribuiu bilhetes para a apresentação de Chicharito no sábado à noite. Essas entradas esgotaram rapidamente e, horas depois, apareceram à venda nas redes sociais com preços que variavam entre 11,6 e 87,4 dólares.