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China reitera inocência no caso de doping de Tóquio-2020

A porta-voz dos Negócios Estrangeiros da China Mao Ning
A porta-voz dos Negócios Estrangeiros da China Mao Ning Johannes Neudecker / DPA / dpa Picture-Alliance via AFP
Para a agência mundial (WADA), os 23 casos deram positivo por "contaminação alimentar". Governo chinês defende inocência.

O governo chinês deu uma conferência de imprensa para comentar a investigação independente que iliba a Wada da acusação de ter ajudado 23 nadadores chineses num caso de doping antes dos Jogos de Tóquio-2020. Os 23 atletas testaram positivo num controlo, mas não foram sancionados. A investigação independente, encomendada pela própria Wada, confirma a decisão da agência antidoping de não os desqualificar.

"Por uma questão de princípio, a China sempre cumpriu rigorosamente os regulamentos internacionais sobre doping e tem uma atitude de tolerância zero em relação ao doping", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. Na polémica que se seguiu às revelações da rede alemã ARD e do New York Times, em abril, a Wada repetiu desde o início que não cometeu qualquer erro ao não sancionar estes nadadores testados positivos para trimetazidina antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, aceitando a justificação das autoridades chinesas de uma "contaminação alimentar" num hotel.

"As informações do processo mostram que a Wada realizou o seu trabalho de forma autónoma, independente e profissional, e não há provas em contrário", afirmou o procurador suíço Eric Cottier num comunicado da Wada na quinta-feira. O relatório provisório, publicado a 9 de julho, duas semanas antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a 26 de julho, já apresentava as mesmas conclusões e, por conseguinte, ilibava a Wada neste caso.

A Usada, a agência antidopagem dos EUA, acusou-a, pelo contrário, de abafar a investigação. As conclusõesd o relatório"confirmam as nossas preocupações", respondeu o diretor da Usada, Travis Tygart, num comunicado, apelando a uma investigação mais aprofundada. Os atletas limpos dão tudo o que têm para alcançar a excelência e este relatório mostra que a entidade reguladora mundial antidopagem não lhes deu o mesmo em troca", acrescentou.

As regras antidopagem e os procedimentos administrativos da Wada podem ser reforçados, mas o relatório final diz que há "lições a aprender", admitiu o diretor-geral da agência internacional, Olivier Niggli. O relatório recomenda, por exemplo, a melhoria das orientações internas da Wada para o tratamento dos casos de dopagem, uma melhor comunicação dos casos suspeitos com as agências nacionais antidopagem e com os atletas, e a otimização de uma base de dados chamada "Adams" para alertar os responsáveis em caso de atraso nos testes. Foi criado um grupo de trabalho para apresentar recomendações em dezembro, informou a Agência Mundial Anti-Doping.

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