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Giro: Alberto Dainese impõe-se ao sprint no "parêntesis" da luta pela geral

LUSA
Atualizado
Na quinta-feira, a 18.ª de 21 etapas retoma o caminho da alta montanha com a chegada em alto a Val di Zoldo
Na quinta-feira, a 18.ª de 21 etapas retoma o caminho da alta montanha com a chegada em alto a Val di ZoldoTwitter/Giro d'Italia
O ciclista italiano Alberto Dainese (DSM) venceu esta quarta-feira ao sprint a 17.ª etapa da Volta a Itália, em que o britânico Geraint Thomas (INEOS) segurou a liderança da geral, à frente do português João Almeida (UAE Emirates), segundo.

Dainese, de 25 anos, cumpriu os 197 quilómetros entre Pergine Valsugana e Caorle em 4:26.08 horas, batendo sobre a meta o compatriota Jonathan Milan (Bahrain-Victorious), segundo e líder da classificação por pontos, e o australiano Michael Matthews (Jayco-AlUla), terceiro.

Os primeiros lugares da geral seguem inalterados e Almeida, líder da juventude, segue a 18 segundos de Geraint Thomas após ter vencido a 16.ª etapa, na terça-feira, com o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) em terceiro, a 29.

Um dia depois da vitória portuguesa, a primeira desde 2020 e a sétima de sempre, no Giro, foi uma fuga insípida, sem reais chances de discutir a vitória, e um ritmo leve o que levou o pelotão até Caorle, com Almeida de dorsal vermelho nas costas por ganhar o prémio da combatividade do dia anterior (escolhido pelos internautas da rede social Twitter).

Sem história, a descrição da tirada resume-se ao final, em que a grande história quase escapa à vitória de Dainese, a segunda na corsa rosa depois de um triunfo em 2022. Portador da maglia ciclamino, de líder dos pontos, Jonathan Milan entrou nos últimos metros no pior posicionamento entre os velocistas, mas em 100 metros recuperou de tal forma que foi o photo finish a tirar as últimas teimas sobre o vencedor.

Impôs-se Dainese, no terceiro triunfo italiano nesta 106.ª edição, ainda que Milan, que aos 22 anos está a mostrar-se na estrada depois de se afirmar na pista, tenha reforçado a liderança nos pontos: tem já 215, enquanto o mais próximo perseguidor soma 121.

“Isto é de doidos, foi uma chegada insana. O Marius Mayrhofer fez um trabalho fantástico, o Niklas Märkl terminou o que ele tinha começado. Eu fui um pouco ultrapassad pela esquerda no início do sprint, então espremi-me e tentei apanhar Matthews”, descreveu o vencedor da tirada.

Estava tão “no limite” que nem conseguiu atirar a bicicleta, mas conseguiu “alguns centímetros que chegaram para vencer”, após cinco dias doente, com problemas estomacais e de respiração. “Hoje estou a uns 80%, e conseguir vencer após tanta luta neste tempo é de loucos. Estou superfeliz”, contou.

Os candidatos à vitória final contentaram-se com rolar até ao fim e beneficiar de umas horas de descanso ativo, preparando-se para duas etapas em linha de alta montanha antes da cronoescalada de sábado, decisiva para encontrar o vencedor que no domingo será coroado no Coliseu de Roma.

Na quinta-feira, a 18.ª de 21 etapas retoma o caminho da alta montanha com a chegada em alto a Val di Zoldo, após 161 quilómetros iniciados em Oderzo.