O dinamarquês está em Florença, onde tem lugar a partida da Volta a França, e numa conversa recente com o selecionador nacional Anders Lund, disse estar em boa forma.

"Na altura, ainda não se sabia se ele poderia correr, mas, tendo em conta a situação, tudo correu bem e ele estava confiante. Para qualquer ciclista que esteja a regressar de uma lesão, é uma grande alegria poder pedalar como habitualmente e receber os estímulos a que o corpo está habituado, bem como a dopamina e as endorfinas que daí advêm", explica Anders Lund.

Vingegaard, tal como várias outras estrelas do ciclismo, teve um acidente violento na Volta ao País Basco em abril. Partiu a clavícula e várias costelas e perfurou um pulmão. Desde então, só treinou na Dinamarca, em França e em Maiorca, mas a equipa Visma declarou-o pronto para a corrida de três semanas em França.

No entanto, não teve tempo para se ambientar à corrida, o que pode ser um desafio, segundo o selecionador nacional.

"As corridas podem ajustar a tua forma, mas também é aí que te igualas. Podemos ficar calmos ou nervosos, porque é aí que avaliamos o nosso nível", explicou.

"Não tendo corrido desde o País Basco, vai para o Tour com mais algumas questões do que teria de outra forma. Por outro lado, ele pode olhar para alguns números e compará-los com os dos anos anteriores. Depois, é possível chegar a uma conclusão e, provavelmente, isso também fez parte da grande análise do que fazer com a situação", afirma Anders Lund.

O início da Volta a França deste ano está a ser difícil para os ciclistas. Já na primeira etapa, há muitas montanhas no menu, o que não está exatamente a favor de Vingegaard.

"É uma desvantagem, porque o Jonas tem normalmente a sua força na recuperação e especialmente na última parte da Volta. Mas é assim que as coisas são. Também nunca se viu o Jonas ser mau no início das grandes voltas, ele só tem uma velocidade extra no final", diz o treinador.