Tour: A conduta de Philipsen foi finalmente penalizada no dia de Groenewegen

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Tour: A conduta de Philipsen foi finalmente penalizada no dia de Groenewegen

Atualizado
Triunfo consolidado na linha da meta
Triunfo consolidado na linha da metaAFP
O ciclista neerlandês Dylan Groenewegen (Jayco AlUla) conquistou esta quinta-feira ao sprint a sexta etapa da 111.ª Volta a França, com o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) a manter a camisola amarela.

Dylan Groenewegen deixou de ser falado apenas pelos óculos de Batman, ao vencer ao sprint a sexta etapa da Volta a França em bicicleta, em que o recorrente comportamento perigoso de Jasper Philipsen foi finalmente penalizado.

O recém-coroado campeão neerlandês de fundo, de 31 anos, regressou aos triunfos no Tour, após uma edição em branco, somando a sexta vitória na prova, após um novo sprint desorganizado e polémico, devido à conduta perigosa do belga Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck), que foi desclassificado.

Estou mesmo feliz. A sensação é tão fantástica”, disparou Groenewegen, refeito da deceção sentida no dia anterior: “A equipa trabalhou tanto nos últimos dias e ontem estava um pouco desapontado comigo mesmo, porque eles fizeram um trabalho incrível”.

Foi preciso recorrer ao photo finish para deslindar quem tinha vencido a sexta etapa, com o ciclista da Jayco AlUla a derrotar por centímetros Philipsen, que voltou a apertar Wout van Aert (Visma-Lease a Bike) contra as barreiras, mas, desta vez, depois de vários comportamentos perigosos tolerados pelos comissários, foi mesmo desclassificado e relegado para o último lugar do pelotão.

Assim, o eritreu Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) foi promovido a segundo – e reforçou a sua camisola verde – e o colombiano Fernando Gaviria (Movistar) a terceiro, com as mesmas 03:31.55 horas do vencedor.

Nova etapa plana, nova jornada sem interesse na 111.ª Volta a França. Contam-se pelos dedos de uma mão os motivos de interesse nos primeiros 80 quilómetros, sendo o principal destaque a fuga sem convicção de Jonas Abrahamsen (Uno-X), que acelerou para amealhar mais uns pontinhos da defesa da liderança da montanha e acabou por ter a companhia de Axel Zingle (Cofidis).

Os dois ainda ganharam uma ligeira vantagem em relação a um pelotão pouco interessado em perseguir, mas acabaram por pedalar lado a lado, a conversar, antes de serem absorvidos quando ainda nem estavam decorridas três dezenas de quilómetros.

Era o vento a maior dificuldade esperada para os 163,5 quilómetros entre Mâcon e Dijon e foi ele o responsável pelo grande momento de animação da jornada: numa zona de vinhas, a Visma-Lease a Bike assomou em força à frente do pelotão, com os seus especialistas em clássicas, e provocou um corte, que apanhou desprevenidos os homens da UAE Emirates, à exceção do camisola amarela Tadej Pogacar.

Mais uma vez, a superequipa dos Emirados demonstrou as suas debilidades táticas – e falta de atenção -, com João Almeida e companhia a ficarem num segundo grupo, momentaneamente atrasado mais de 20 segundos, mas acabaram por recolar.

Após o susto, a etapa decorreu sem mais sobressaltos para Pogacar, que manteve as diferenças na geral para todos os perseguidores – tem o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) a 45 segundos e o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) a 50, na véspera do contrarrelógio de 25,3 quilómetros entre Nuits-Saint-Georges e Gevrey-Chambertin.

Também João Almeida segurou o seu oitavo lugar na geral, ao chegar integrado no pelotão comandado por Groenewegen, que até hoje só tinha sido notícia no Tour pelos seus insólitos óculos de Batman.

Nelson Oliveira (Movistar) perdeu 40 segundos e Rui Costa (EF Education-EasyPost), que parou para ajudar o seu colega Marijn van den Berg, chegou 03.18 minutos depois do vencedor. O campeão português de fundo é agora 50.º, a 27.31, enquanto Oliveira é 56.º, a 36.07.