Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Tour: A segunda vitória de Philipsen ampliou a lista de segundos lugares de Van Aert

Atualizado
Jasper Philipsen venceu ao sprint
Jasper Philipsen venceu ao sprintAFP
Jasper Philipsen remeteu esta sexta-feira o compatriota Wout van Aert para o seu lugar habitual, com o belga da Visma-Lease a Bike a ser novamente segundo no sprint pela 13.ª etapa da Volta a França em bicicleta.

Há duas coisas certas no ciclismo atual, as quedas de Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) e os segundos lugares de Van Aert, e, esta sexta-feira, depois do abandono do esloveno na sequência de mais um dos incontáveis azares da sua carreira, o estelar belga cumpriu a sua parte, voltando a ocupar o seu posto predileto – tem mais de 100 no currículo, entre a estrada e o ciclocrosse.

Mérito a Jasper Philipsen, que depois de uma semana inicial desastrada nesta Grande Boucle, voltou à sua melhor versão, bisando na chegada a Pau, onde bateu WVA, lançado demasiado cedo por Christophe Laporte, e o alemão Pascal Ackermann (Israel-Premier Tech), que repetiram as posições da véspera.

“Tive as minhas melhores sensações até ao momento neste Tour. Com duas vitórias de etapa, não é um mau Tour”, disparou o belga de 26 anos, depois de somar o oitavo triunfo em três edições da Volta a França, admitindo querer “mais”.

Apesar a jornada ter sido frenética, as únicas alterações registadas na geral foram as motivadas pelas desistências de Roglic e Juan Ayuso (UAE Emirates). Assim, antes da entrada nos Pirenéus, Tadej Pogacar (UAE Emirates) tem Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) a 01.06 minutos e o atual bicampeão Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) a 01.14, com o português João Almeida, colega de equipa do camisola amarela, em quarto, a 04.20.

Os 165,3 quilómetros entre Agen e Pau, cumpridos em 03:23.09 horas pelo pelotão, assemelhavam-se a uma pequena clássica e, empurrados pelo vento, foram vários os ciclistas a tentarem isolar-se, com um grupo de duas dezenas de corredores, no qual estava o campeão português Rui Costa (EF Education-EasyPost), o campeão mundial Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) e Adam Yates (UAE Emirates), a isolar-se logo nos metros iniciais.

A Visma-Lease a Bike assumiu de imediato a perseguição, preocupada com a presença do terceiro classificado do Tour 2023 e atual sétimo da geral na fuga, sendo auxiliada pela Jayco AlUla, que não colocou ninguém entre os escapados.

Com o vento lateral a soprar e os fugitivos a colaborarem bem, os quatro primeiros da geral uniram-se num segundo grupo à frente do pelotão, ao mesmo tempo que Juan Ayuso, oitavo à partida, abandonava, na segunda baixa importante da jornada após a desistência de Primoz Roglic, que nem alinhou devido às mazelas da queda na véspera.

No entanto, acabariam por abdicar da sua empreitada, porque a diferença para o grupo da frente não diminuía, fruto da qualidade dos seus componentes, entre os quais Michal Kwiatkowski (INEOS), Matej Mohoric (Bahrain Victorious), Arnaud De Lie (Lotto Dstny), Neilson Powless (EF Education-EasyPost), Oier Lazkano (Movistar), Jakob Fuglsang (Israel-Premier Tech) ou Magnus Cort e o seu inevitável colega Jonas Abrahamsen (Uno-X).

A vantagem dos 21 fugitivos nunca foi muito superior a um minuto e só cresceu relativamente quando Cort atacou ao quilómetro 69, levando consigo Kwiatkowski, Julien Bernard (Lidl-Trek) e Romain Grégoire (Groupama-FDJ).

A iniciativa dos quatro condenou a fuga numerosa, com os restantes a serem absorvidos pelo pelotão a 70 quilómetros de Pau, mesmo a tempo da UAE Emirates acelerar para tentar provocar cortes, devido ao forte vento lateral que se fazia sentir, sem efeitos práticos na luta pela geral mas sim na frente da corrida – o aventura do quarteto acabou 30 quilómetros depois.

Abrahamsen ainda voltou a tentar, agora na companhia de Richard Carapaz (EF Education-EasyPost), mas não iriam longe, tal como aconteceu com Jasper Stuyven (Lidl-Trek) e Bret van Moer (Lotto Dstny).

Uma queda já na reta da meta separou o pelotão, mas deixou os favoritos todos na frente, com o camisola verde Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) a ser apenas quarto.

Os corredores foram cortando a meta a conta-gotas, mas a maioria recebeu o mesmo tempo do vencedor, nomeadamente Almeida e Nelson Oliveira (Movistar), que esta sexta-feira subiu à 40.ª posição da geral, a 01:02.50 horas de Pogacar.

Já Rui Costa (EF Education-EasyPost) foi 90.º, a 04.21, e está cinco lugares depois de Oliveira na geral, que promete sofrer uma pequena revolução no sábado, após os 151,9 quilómetros entre Pau e o alto do Pla d'Adet, onde a meta coincide com uma contagem de categoria especial, e que incluem ainda ascensões ao mítico Tourmalet e a Hourquette d’Ancizan, com as três montanhas concentradas na segunda metade da 14.ª etapa.