Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Tour: Jasper Philipsen ainda não desistiu da camisola verde

Jasper Philipsen chegou ao hat-trick na 16.ª etapa
Jasper Philipsen chegou ao hat-trick na 16.ª etapaAFP
A camisola verde ficou esta terça-feira mais próxima para Jasper Philipsen, após o belga ter-se tornado no terceiro ciclista a chegar ao ‘hat-trick’ na 111.ª Volta a França, na 16.ª etapa, na qual Biniam Girmay caiu.

Na técnica aproximação a Nîmes, o eritreu da Intermarché-Wanty foi ao chão a 1.500 metros da meta e não testemunhou a categórica vitória do corredor da Alpecin-Deceuninck, que, assim, diminuiu para 32 pontos a diferença para o líder da classificação da regularidade.

Tudo é possível, mas é difícil, porque ele (Girmay) está muito bem. Só espero que ele esteja ok, porque ele não merece perder assim. Tentarei o que puder, porque as etapas que vêm pela frente são duras”, prometeu Philipsen, depois de se ter aproximado da camisola verde, símbolo que envergou no ano passado nos Campos Elísios.

Embora a tarefa seja hercúlea – há muita montanha no caminho nos próximos dias e apenas mais quatro sprints intermédios no percurso – nunca se pode dar o belga como derrotado, ou não tivesse ele recuperado de primeira semana desastrosa nesta ‘Grande Boucle’ para tornar-se no terceiro a somar três vitórias nesta edição, depois do eritreu da Intermarché-Wanty e do camisola amarela Tadej Pogacar (UAE Emirates), hoje perfeitamente tranquilo na sua condição de camisola amarela.

Estou verdadeiramente feliz depois de tamanho esforço coletivo. É sempre bom quando podemos vencer juntos. Penso que foi definitivamente o que fizemos hoje”, elogiou o belga, irrepreensivelmente lançado por Mathieu van der Poel, o campeão do mundo que neste Tour está reduzido a esse papel.

Para festejar a nona vitória da carreira na Volta a França, Philipsen derrotou o alemão Phil Bauhaus (Bahrain Victorious) e o norueguês Alexander Kristoff (Uno-X), respetivamente segundo e terceiro na meta, com as mesmas 04:11.27 horas do vencedor.

Última chegada ao sprint, último passeio do pelotão, que encarou os 188,6 quilómetros desde Gruissan com a mesma displicência de todas as outras etapas planas – a organização da Volta a França deverá questionar-se sobre as escolhas que fez para esta edição e sobre se valerá a pena dedicar tantas etapas aos sprinters.

Coube a Thomas Gachignard (TotalEnergies) a ingrata tarefa de tentar uma fuga, ao quilómetro 97, que ninguém quis acompanhar. O jovem francês de 23 anos foi pedalando durante dezenas de quilómetros sozinho contra o vento, fixando a sua vantagem nos dois minutos.

O momento efémero de ‘fama’ de Gachignard acabou a 25 quilómetros da meta, numa altura em que o nervosismo estava instalado no pelotão, numa aproximação nervosa a Nîmes, onde a chegada tinha várias rotundas e viragens, ‘responsáveis’ pela queda de Girmay.

Com o camisola verde arredado da luta pela etapa – cruzou a meta posteriormente amparado por colegas de equipa -, foi ‘business as usual’ para Philipsen, numa jornada em que todos os favoritos e os portugueses foram creditados com o mesmo tempo do vencedor.

Na geral, ficou tudo igual, com Pogacar a liderar com 03.09 minutos de vantagem para o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) e 05.19 sobre o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), que é terceiro à frente do português João Almeida (UAE Emirates), quarto a 10.54 do seu companheiro de equipa esloveno.

Nelson Oliveira (Movistar) é 47.º e Rui Costa (EF Education-EasyPost) está dois lugares mais abaixo, na véspera da ligação de 177,8 quilómetros entre Saint-Paul-Trois-Châteaux e Superdévoluy, que incluem uma contagem de primeira categoria, outra de segunda e uma de terceira, a coincidir com a meta.