Tour: Pogacar nega zanga entre João Almeida e Ayuso

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Tour: Pogacar nega zanga entre João Almeida e Ayuso

Pogacar venceu a etapa
Pogacar venceu a etapaAFP
Jonas Vingegaard avisou hoje que a Volta a França é longa, após ceder 50 segundos para Tadej Pogacar na quarta etapa da 111.ª edição, que entrou para o top 5 das vitórias favoritas do ciclista esloveno na prova.

“Viemos para aqui a pensar que perderia tempo em três das primeiras quatro etapas, por isso perder em apenas uma delas é muito bom. E, para ser honesto, ele hoje não foi tão mais forte a subir”, notou o bicampeão em título.

Sem o apoio de uma dececionante Visma-Lease a Bike, Jonas Vingegaard ainda conseguiu reagir num primeiro momento ao ataque do Pogacar nos derradeiros 800 metros do Galibier, mas acabou por descolar do esloveno da UAE Emirates no topo, perdendo ainda mais tempo a descer – foi quinto, a 37 segundos, mas viu o seu arquirrival ganhar-lhe outros 13 em bonificações.

A maioria do tempo que perdi foi na descida, na subida acho que estava bastante bem. Depois, quando o vento estava mais forte, penso que as condições o favoreciam e foi aí que cedi mais”, descreveu.

Terceiro na geral, a 50 segundos de ‘Pogi’, o dinamarquês insistiu, tal como no ano passado, que a sua equipa tem um plano. “O Tour é longo”, lançou, após uma jornada em que viu Pogacar vencer a quarta etapa e recuperar a amarela.

Recordo-me de todas as minhas vitórias, podemos dizer que esta está no top 5. Pode ser que depois do Tour tenha uma opinião diferente, mas certamente esta é uma das minhas melhores”, assumiu o camisola amarela, ao ser questionado sobre que lugar ocupava o triunfo de hoje entre os 12 que tem na Grande Boucle.

Pogacar elogiou o trabalho “incrível” da sua UAE Emirates, que demonstrou ser “uma das melhores equipas”, e negou um possível desentendimento com João Almeida, que nas imagens televisivas foi visto a recriminar Juan Ayuso, o jovem espanhol que demorou muito a entrar ao trabalho, escondendo-se na cauda do grupo de favoritos e sendo chamado várias vezes pelo português.

Quando vamos a fundo na bicicleta, mesmo que queiramos dizer ‘Amo-te’ é preciso gritar, podemos ter um ar de zangados. Não podemos ter conversas normais em cima da bicicleta. Talvez o João tenha um ar de zangado, mas não acredito que o estivesse. Fizemos uma etapa soberba e estamos muito contentes”, analisou.

O esloveno de 25 anos considerou ainda que, apesar de Vingegaard ter perdido tempo, “está em plena forma”.

Não estamos a trabalhar para cansá-lo, mas quando estás num bom momento, tens de aproveitar. Estou muito melhor do que no ano passado. Vamos continuar assim, ainda que falte muito para o final”, admitiu o campeão de 2020 e 2021 e vice das passadas duas edições da prova francesa.

Se Pogacar ganhou hoje confiança, Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) perdeu-a durante a descida rumo a Valloire, onde terminaram os 139,6 quilómetros desde Pinerolo (Itália).

Resvalei duas ou três vezes em troços ligeiramente molhados, pelo que perdi um pouco a confiança. Os outros alcançaram-me e conseguimos chegar à meta com o Vingegaard. Finalmente, pude sprintar para ficar em segundo”, resumiu o belga, que é segundo da geral a 45 segundos de Pogacar.

O líder da classificação da juventude fez, contudo, um bom balanço da quarta etapa, admitindo que, apesar de não estar a 100%, “definitivamente” está a ter uma boa estreia no Tour.

“Disse que aspirava ao top 5, pelo que ser segundo numa etapa da montanha do Tour e ser segundo na geral significa que estou no caminho certo”, pontuou, notando também que a corrida é longa e “o Tadej pode ter um dia mau”.