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Vingegaard sabe que terá a concorrência mais forte de sempre no próximo Tour

LUSA
Vingegaard defende que o próximo Tour será o mais duro de sempre em termos de adversários
Vingegaard defende que o próximo Tour será o mais duro de sempre em termos de adversáriosProfimedia
Jonas Vingegaard reconheceu esta quarta-feira que o próximo Tour será o mais duro de sempre em termos de adversários, mas garantiu que continuará a ser esse o principal objetivo da temporada velocipédica, que inicia na quinta-feira, n’O Gran Camiño.

Ainda antes da hora marcada para a conferência de imprensa, realizada num hotel na Corunha (Espanha), já o dinamarquês da Visma-Lease a Bike estava preparado para responder às perguntas dos jornalistas, numa sala demasiado pequena para o aforo e para tamanha expectativa.

“É a minha primeira corrida, estou muito feliz por estar aqui novamente. Tive um ótimo inverno, sem sobressaltos. Penso que a forma está onde eu queria que estivesse e que estou preparado para começar a correr. Tenho boas memórias do ano passado e espero que possamos criar memórias ainda melhores este ano”, declarou o campeão em título d’O Gran Camiño.

Tal como em 2023, Jonas Vingegaard voltou a escolher a prova galega, que decorre entre quinta-feira e domingo, para iniciar a temporada, uma eleição que justificou com a “experiência muito boa” que viveu há um ano.

“Gostei muito. Claro que o tempo não foi o melhor, mas é como é e não é algo que possamos mudar. Gosto do percurso, da organização, foi por isso que decidimos voltar”, sustentou.

Apesar dos seus 27 anos, o bicampeão do Tour continua a parecer um miúdo, franzino, tímido. Inicialmente munido de um café, e sempre com um pequeno sorriso, aquele que já se lhe conhece das entrevistas após as etapas da Grande Boucle, falou sobre o desejo de voltar à estrada, cinco meses após a sua última prova, a Volta a Espanha, em que foi vice-campeão atrás do colega Sepp Kuss.

“Passou muito tempo desde que corri a última vez, mas gostei de estar em casa, com a minha família. No entanto, agora estou desejoso, porque foram muitos meses (sem competição)”, confessou.

Embora aprecie os estágios, Vingegaard gosta é de competir, até porque a sua “motivação é sempre ganhar corridas”.

“O meu principal objetivo será novamente o Tour. Farei tudo ao meu alcance para estar na melhor forma possível para essa prova. Apesar de ele ir estar no Giro antes, espero que o (Tadej) Pogacar esteja no seu melhor na Volta a França, assim como o Primoz (Roglic) e o Remco (Evenepoel). Teremos uma ótima luta”, antecipou.

O também vice-campeão da edição de 2021 da Grande Boucle, atrás de Pogi, tem bem identificados os seus adversários, considerando que “claramente a competição será mais dura do que alguma vez foi”.

“Provavelmente, também será o Tour mais difícil de ganhar. Temos de olhar para nós e fazer a melhor preparação possível. Se não for o suficiente, é porque houve alguém mais forte”, pontuou.

A 111.ª edição da Volta a França marcará ainda o primeiro confronto entre Vingegaard e Roglic desde que o esloveno, campeão em título do Giro e três vezes vencedor da Vuelta (2019-2021), trocou a então Jumbo-Visma pela BORA-hansgrohe.

“Vai ser muito diferente. Nos últimos cinco anos, fomos colegas e sempre nos apoiámos, e agora vamos estar em lados opostos. Temos de lutar ambos pela vitória, pelo que suponho que haverá um sentimento estranho”, avaliou sobre Rogla, que saiu da equipa para ter a hipótese de concretizar o sonho de conquistar o Tour.

Quem também não estará ao lado do dinamarquês na prova francesa, que arranca em 29 de junho, em Florença (Itália), e termina em 21 de julho, em Nice, é Wout van Aert, o mais precioso dos gregários de Vingegaard nas últimas três edições.

“Vou sentir falta do Wout. Vimos como ele foi importante no Tour nos últimos três anos, por isso vou sentir a falta dele, mas, por outro lado, estou ansioso por vê-lo no Giro. Estou a torcer por ele e espero que consiga bons resultados lá”, salientou.

Preparado para iniciar na quinta-feira a temporada, com um contrarrelógio de 14,8 quilómetros com partida e final na imponente e histórica Torre de Hércules, na Corunha, um exercício que estima “muito importante” por haver “muitos contrarrelógios” na Grande Boucle, Vingegaard disse ainda não saber se estará na Volta a Espanha.

“Por agora, não sabemos quando tomaremos a decisão”, rematou sobre a prova que começará com três etapas em Portugal, disputadas entre 17 e 19 de agosto.