Volta: As declarações após o final da terceira etapa
Afonso Eulálio (segundo na etapa e líder da classificação geral):
“É uma sensação única (vestir a amarela). Vamos dia-a-dia e vou dar mais trabalho à equipa. Ainda sou um menino, não sei o que vamos fazer. Tenho o António Carvalho na equipa, com muita experiência. Ainda falta muito para acabar a Volta.
Eu e o (Sergio) Chumil tínhamos objetivos diferentes. Ele vinha da fuga, percebo que não trabalhasse.
Queria ganhar a etapa, vestir a amarela, ganhar a Volta, mas as coisas não funcionam assim. Vou dormir e amanhã é outro dia.
A estratégia da equipa passava por atacar e endurecer a etapa, para obrigar o Colin Stüssi a perseguir. Depois, se o António Carvalho estivesse bem... não vi a etapa, mas penso que passou um pouco mal, defendendo-se depois.
11 segundos é uma margem pequena, mas ontem estava a minuto e meio. A Volta é muito grande e ainda vai passar muita coisa. Sei que tenho uma equipa muito forte em meu redor, com muita experiência com o António Carvalho. Vamos dia-a-dia”.
Sérgio Chumil (vencedor da etapa e 10.º na geral):
“Até hoje, foi a etapa mais rápida que fizemos. Toda a gente queria entrar na fuga e sabíamos que podíamos colocar lá alguém da equipa. Deu-se comigo e com o Ángel Fuentes, foi um trabalho incrível para nos mantermos e conseguir margem suficiente para o início da subida à Torre.
Hoje, dá-nos a glória tanto como equipa como comigo, porque procurámos esta etapa. Queria fazer bem a Volta e as coisas estão a sair bem. Espero que possa sentir-me bem nas etapas que falta, porque ainda falta muita Volta”.
Jon Agirre (terceiro na etapa, na geral e líder da classificação da montanha):
“O plano era alguém integrar a fuga e depois disputar a etapa. Fugiu, senti que éramos dos mais fortes na fuga, mas nenhuma equipa assumiu a responsabilidade.
A nossa intenção é não perder tempo em etapas perigosas e tentar ganhar tempo na Senhora da Graça. No contrarrelógio, é aguentar.
A montanha não é um objetivo, esse é a amarela, mas se vier uma com a outra, ficaremos felizes”.
Delio Fernández (sétimo na etapa e na geral):
“Hoje a etapa foi muito discutida, com muito tempo para se formar uma fuga, e a um ritmo muito forte. Na subida, foi um ritmo suficiente para criar muito desgaste. Muitos já não iam muito bem.
Aproveitei que tínhamos o Miguel Salgueiro na fuga e, quando o apanhámos, pedi para continuar a acelerar, formando aquele grupo. Vi dúvidas atrás. Na parte final, tive uma pequena quebra, levantei o pé e respirei, antes de acelerar nos últimos dois quilómetros. A Torre é uma subida muito dura e exigente. Ainda está tudo por decidir, uns perderam tempo e outros recuperaram, mas ainda há muita Volta pela frente.
Muitos corredores estão a andar muito bem, vão atacar e ainda há etapas duras. Vai ser uma Volta muito mexida”.
Luís Fernandes (11.º na etapa e oitavo na geral):
“Nesta etapa, os três primeiros ficaram a marcar-se mutuamente. Prejudicou-nos quando tivemos de responder. Foi muito tarde, e fomos os únicos que vieram de trás e encurtar distâncias.
O Eulálio está de parabéns, antecipou-se e é um ciclista muito forte.
Ainda falta muita Volta a Portugal e muitas coisas podem mudar. Todos os blocos estão muito fortes. Fico um pouco triste, porque acho que tinha pernas para discutir esta etapa com o Stüssi”.
Jaume Guardeño (líder da classificação da juventude):
“Desfrutei muito da subida, que foi muito dura e marcada pelo vento. A fuga manteve opções até ao final, estavam muito longe. Chegou a fuga, com o Chumil, mas estou muito contente com a minha subida.
O objetivo é manter a camisola da juventude e melhorar posições na geral. Foi um dia muito bom. Vamos continuar a tentar”.