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Volta: As declarações após o final da terceira etapa

LUSA
Terceira etapa da Volta a Portugal decorreu entre o Crato e a Torre
Terceira etapa da Volta a Portugal decorreu entre o Crato e a TorreMatias Novo - Fotografias / Podium Events
Declarações no final da terceira etapa da 85.ª Volta a Portugal em bicicleta, disputada este sábado entre o Crato e a Torre, em 161,2 quilómetros.

Afonso Eulálio (segundo na etapa e líder da classificação geral):

“É uma sensação única (vestir a amarela). Vamos dia-a-dia e vou dar mais trabalho à equipa. Ainda sou um menino, não sei o que vamos fazer. Tenho o António Carvalho na equipa, com muita experiência. Ainda falta muito para acabar a Volta.

Eu e o (Sergio) Chumil tínhamos objetivos diferentes. Ele vinha da fuga, percebo que não trabalhasse.

Queria ganhar a etapa, vestir a amarela, ganhar a Volta, mas as coisas não funcionam assim. Vou dormir e amanhã é outro dia.

A estratégia da equipa passava por atacar e endurecer a etapa, para obrigar o Colin Stüssi a perseguir. Depois, se o António Carvalho estivesse bem... não vi a etapa, mas penso que passou um pouco mal, defendendo-se depois.

11 segundos é uma margem pequena, mas ontem estava a minuto e meio. A Volta é muito grande e ainda vai passar muita coisa. Sei que tenho uma equipa muito forte em meu redor, com muita experiência com o António Carvalho. Vamos dia-a-dia”.

Sérgio Chumil (vencedor da etapa e 10.º na geral):

“Até hoje, foi a etapa mais rápida que fizemos. Toda a gente queria entrar na fuga e sabíamos que podíamos colocar lá alguém da equipa. Deu-se comigo e com o Ángel Fuentes, foi um trabalho incrível para nos mantermos e conseguir margem suficiente para o início da subida à Torre.

Hoje, dá-nos a glória tanto como equipa como comigo, porque procurámos esta etapa. Queria fazer bem a Volta e as coisas estão a sair bem. Espero que possa sentir-me bem nas etapas que falta, porque ainda falta muita Volta”.

Jon Agirre (terceiro na etapa, na geral e líder da classificação da montanha):

“O plano era alguém integrar a fuga e depois disputar a etapa. Fugiu, senti que éramos dos mais fortes na fuga, mas nenhuma equipa assumiu a responsabilidade.

A nossa intenção é não perder tempo em etapas perigosas e tentar ganhar tempo na Senhora da Graça. No contrarrelógio, é aguentar.

A montanha não é um objetivo, esse é a amarela, mas se vier uma com a outra, ficaremos felizes”.

Delio Fernández (sétimo na etapa e na geral):

“Hoje a etapa foi muito discutida, com muito tempo para se formar uma fuga, e a um ritmo muito forte. Na subida, foi um ritmo suficiente para criar muito desgaste. Muitos já não iam muito bem.

Aproveitei que tínhamos o Miguel Salgueiro na fuga e, quando o apanhámos, pedi para continuar a acelerar, formando aquele grupo. Vi dúvidas atrás. Na parte final, tive uma pequena quebra, levantei o pé e respirei, antes de acelerar nos últimos dois quilómetros. A Torre é uma subida muito dura e exigente. Ainda está tudo por decidir, uns perderam tempo e outros recuperaram, mas ainda há muita Volta pela frente.

Muitos corredores estão a andar muito bem, vão atacar e ainda há etapas duras. Vai ser uma Volta muito mexida”.

Luís Fernandes (11.º na etapa e oitavo na geral):

“Nesta etapa, os três primeiros ficaram a marcar-se mutuamente. Prejudicou-nos quando tivemos de responder. Foi muito tarde, e fomos os únicos que vieram de trás e encurtar distâncias.

O Eulálio está de parabéns, antecipou-se e é um ciclista muito forte.

Ainda falta muita Volta a Portugal e muitas coisas podem mudar. Todos os blocos estão muito fortes. Fico um pouco triste, porque acho que tinha pernas para discutir esta etapa com o Stüssi”.

Jaume Guardeño (líder da classificação da juventude):

“Desfrutei muito da subida, que foi muito dura e marcada pelo vento. A fuga manteve opções até ao final, estavam muito longe. Chegou a fuga, com o Chumil, mas estou muito contente com a minha subida.

O objetivo é manter a camisola da juventude e melhorar posições na geral. Foi um dia muito bom. Vamos continuar a tentar”.