Volta: Francisco Peñuela vence sétima etapa, Afonso Eulálio segue líder
Peñuela cumpriu os 160,4 quilómetros entre Felgueiras e Paredes em 3:39.09 horas, dando uma vitória aos axadrezados no 121.º aniversário do Boavista, batendo ao sprint o português Tiago Antunes (Efapel), segundo, e o argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), terceiro.
Nas contas da geral, Eulálio continua líder, com os mesmos 21 segundos de vantagem sobre o vencedor de 2023, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), segundo, enquanto o espanhol Mikel Bizkarra (Euskaltel-Euskadi) subiu a terceiro, a 55 segundos.
Foi uma vitória dupla para a formação axadrezada, que honrou o clube e também Paredes, com uma bela vitória em que foi o mais rápido do grupo reduzido que chegou à meta para disputar o triunfo, no empedrado paredense.
A estreia de Peñuela, que vinha para lutar pela geral e acabou a caçar etapas, a vencer na Volta conta-se na superior ponta final que demonstrou face a Antunes, que procurava dar uma primeira alegria à Efapel.
Foi uma etapa muito atacada, desde o início, com Tivani e o espanhol Luis Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi) a procurarem amealhar pontos na luta para vencer as classificações dos pontos e da montanha, respetivamente.
Sem uma fuga do dia propriamente dita, com avanços e recuos, atrás os azares multiplicavam-se, com Jannis Peter a desfalcar a equipa de Colin Stüssi, sem conseguir seguir em prova após uma fratura num dos braços.
Mais tarde, uma queda atrasou António Carvalho (ABTF-Feirense), Jesus del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) e Luís Fernandes (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar), que tiveram de pedalar muito para voltar ao pelotão.
Dito isto, ainda mais azarado foi o espanhol Jon Agirre (Kern Pharma), que esteve envolvido nesse aparato e, mais tarde, viria a ter um problema mecânico, saltando de terceiro à geral para fora do top 10.
Com o pelotão partido, e Eulálio e Stüssi atentos – por vezes instigadores – ao ritmo alto na frente, vários homens tentaram fugir, entre eles o dinamarquês Julius Johansen (Sabgal-Anicolor) e Joaquim Silva (Efapel).
Nos últimos quilómetros, e já depois da primeira passagem pela meta, sucederam-se os ataques e contra-ataques, um deles do espanhol Joan Bou (Euskaltel-Euskadi), sexto, mas acabou por ser um grupo seleto quem discutiu a vitória.
Calhou à obra do destino que juntou o aniversário da Pantera à chegada a Paredes, confirmando o talento do venezuelano, que este ano, em estreia na Europa, foi segundo na Volta ao Alentejo e venceu a primeira etapa do Grande Prémio Douro Internacional.
Os favoritos chegaram juntos, à exceção de Agirre, que desaparece dos primeiros lugares, promovendo todos os outros um lugar – Mikel Bizkarra sobe ao pódio, a 55 segundos, com os restantes a mais de um minuto do jovem líder.
O camisola amarela é, aos 22 anos, uma das sensações da corrida, mantendo-se na frente, embora Stüssi esteja omnipresente, quando faltam três etapas para o fim da 85.ª edição.
Nas outras classificações, Nicolás Tivani aproveitou o terceiro lugar para praticamente garantir a vitória nos pontos (tem 113 contra os 51 de Stüssi), com Luis Ángel Maté também reforçado como rei da montanha, com 79 (contra 36 do suíço e 31 de Eulálio).
Na sexta-feira, a oitava etapa liga Viana do Castelo a Fafe em 182,4 quilómetros, com quatro prémios de montanha a somarem-se a uma subida sem categoria até à meta.