Volta: Rúben Pereira diz que Sabgal-Anicolor fez “o impensável”
“Fizemos o que ninguém acreditava, o que era impensável. Desde o autocarro que viemos com esta ideia, de tudo ou nada. O mérito é da equipa, com um trabalho anormal do Frederico Figueiredo”, analisou o diretor desportivo.
Nych, de 29 anos, integrou a fuga do dia com Figueiredo na nona etapa, que no sábado ligou a Maia ao alto da Senhora da Graça, e acabou no segundo lugar, atrás do porto-riquenho Abner González (Efapel), vestindo a camisola amarela.
O russo era 20.º, a 3.53 minutos da liderança, à quarta etapa, quando o uruguaio Mauricio Moreira abandonou a corrida, e foi recuperando posições, vencendo ainda a sexta etapa, em Boticas, beneficiando no sábado da ‘marcação’ entre o anterior líder, Afonso Eulálio (ABTF-Feirense), e o vencedor de 2023, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg).
Este domingo, para o contrarrelógio de 26,6 quilómetros durante a tarde em Viseu, Nych tem 49 segundos de vantagem para Abner González, segundo, e 53 para Stüssi, terceiro.
Para Rúben Pereira, e apesar da vantagem confortável, “nada está ganho”, mesmo que este seja “um dia muito importante”, mas não tanto como na Senhora da Graça.
Emocionado, o diretor desportivo lembrou que Artem Nych “tem sofrido muito, há dois anos longe da família”, por ter saído da Rússia na sequência da invasão da Ucrânia.
“Sempre disse que íamos fazer isto, gastar num dia e poupar noutro. Ganhou tempo à geral num dia em que arriscou, subiu na geral, e a partir dali tivemos tudo pela frente. Toda a equipa fez um trabalho excelente. Ele fez o mais difícil, honrar toda a equipa. Para mim, ele é mesmo algo muito especial como ciclista”, disse Rúben Pereira.