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Volta: Sergio Chumil vence na Torre e Afonso Eulálio assume liderança da geral

Atualizado
Sergio Chumil ficou três segundos à frente de Afonso Eulálio
Sergio Chumil ficou três segundos à frente de Afonso EulálioMatias Novo / Podium Events
O ciclista português Afonso Eulálio (ABTF-Feirense) mostrou-se este sábado ao mais alto nível na subida à Torre, no final da terceira etapa da Volta a Portugal, e foi recompensado com a camisola amarela da corrida.

O guatemalteco Sergio Chumil (Burgos-BH), de 23 anos, foi o vencedor da etapa, ao cumprir os 161,2 quilómetros entre o Crato, distrito de Portalegre, e o Alto da Torre, na Serra da Estrela, em 04:10.10 horas, menos três segundos do que Eulálio, segundo na etapa, que subiu do 10.º para o primeiro lugar da classificação geral.

Eulálio estava a 01.25 minutos do anterior líder, Colin Stüssi (Vorarlberg), e conquistou 11 segundos de avanço sobre o suíço, que segue no segundo posto, apesar de este sábado não ter ido além do oitavo lugar na etapa, a 01.35 de Chumil.

O espanhol Jon Agirre (Kern Pharma), este sábado terceiro a 20 segundos, ocupa a mesma posição na classificação geral, a 13 segundos de Eulálio.

O campeão da Guatemala de estrada integrou a fuga do dia, que chegou a ter 20 elementos, e manteve-se na frente da corrida, até que Eulálio, que atacou o grupo dos favoritos já nos últimos 15 quilómetros, o alcançou.

Os dois seguiram pelos últimos quilómetros da etapa em conjunto, mas sem colaboração – o ciclista luso assumiu as despesas da frente da corrida, ganhando tempo e mais tempo aos homens da geral.

Contas feitas, o guatemalteco mostrou-se ao pelotão europeu com uma vitória na mítica Torre, ao ter guardado energias para a ponta final depois de não ter trabalhado.

Quanto a Eulálio, ainda mais novo, de 22 anos, usou esta como uma rampa para chegar à amarela, com António Carvalho (ABTF-Feirense) a tombar na geral, para sexto, a 1.13 minutos do colega de equipa.

O jovem, que tinha vencido uma etapa no Troféu Joaquim Agostinho, no Alto do Montejunto, acabou em segundo, confirmando este sábado as boas sensações – e dando força aos rumores que dão conta do interesse de equipas estrangeiras na sua contratação.

O ataque, a que ninguém conseguiu responder, permitiu-lhe ganhar rapidamente margem para seguir e, depois, ir ultrapassando os resistentes da fuga do dia, à exceção de Chumil, com o grupo dos favoritos, atrás, cada vez mais curto.

Jon Agirre, que acaba em terceiro da geral, foi o que mais próximo chegou da frente, tendo ainda arrebatado a liderança da montanha, com Mikel Bizkarra, basco da Euskaltel-Euskadi, a fazer quarto, a 25 segundos.

Se o líder da juventude, Jaume Guardeño (Caja Rural-Seguros RGA) solidificou (e muito) essa liderança, ao ser quinto, subindo ao 15.º posto da geral, outros ciclistas foram tentando aproximar-se.

Colin Stüssi defendeu a camisola amarela imprimindo o seu ritmo na subida e chegou em oitavo, a 1.35, atrás do colombiano Diego Camargo (Petrolike), sexto, e o espanhol Delio Fernandes (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense), que já venceu aqui duas vezes e este sábado foi sétimo, ambos a 1.21.

Com novo pódio, Bizkarra é quarto na geral, a 37 segundos, com Camargo em quinto, a 1.05, e António Carvalho em sexto, a 1.13. Delio Fernandez segue em sétimo, a 1.36, um segundo a menos do que Luís Fernandes.

O espanhol Joan Bou (Euskaltel-Euskadi) mantém-se no top 10 com o nono posto, a 1.46, e Sérgio Chumil fecha os primeiros 10, a 1.54.

Um tombo de nota foi o da Sabgal-Anicolor, que durante a subida rapidamente desapareceu – o uruguaio Mauricio Moreira, vencedor em 2022, caiu para 14.º, a 2.37, e o russo Artem Nych e Frederico Figueiredo nem constam dos primeiros lugares.

A fuga do dia, de resto, permitiu a vários ciclistas trocar galhardetes nas primeiras contagens de montanha, com a Torre, a joia da Volta, a pôr cada um no seu lugar neste prémio de montanha especial.

No domingo, a quarta de 10 etapas liga o Sabugal à Guarda em 164,5 quilómetros, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de terceira categoria, a última de cinco subidas categorizadas da tirada, antes do dia de descanso, na segunda-feira.