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Volta: Stüssi apaga dúvidas sobre candidatura ao ‘bis’ no Observatório

Colin Stüssi fez o tempo de 04:15.20 horas na primeira etapa
Colin Stüssi fez o tempo de 04:15.20 horas na primeira etapaVolta a Portugal
O ciclista suíço Colin Stüssi (Vorarlberg) mostrou esta quinta-feira que veio para vencer a Volta a Portugal, como em 2023, ao vencer a solo a primeira etapa da 85.ª edição, no Observatório de Vila Nova.

Colin Stüssi, vencedor da edição de 2023 da Volta, atacou na última subida do dia e chegou isolado à meta, com o tempo de 04:15.20 horas, enquanto António Carvalho (ABTF-Feirense) foi segundo, a 28 segundos, e Luís Fernandes (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar) terceiro, a 41 segundos.

O ciclista suíço assumiu também a liderança da classificação geral, com 32 segundos de vantagem para António Carvalho, segundo, e 58 segundos sobre Luís Fernandes, terceiro.

O resultado de hoje comprova a força da Vorarlberg, que se reforçou para rodear o chefe de fila e hoje teve o retorno esperado, à primeira tentativa, e consolidou o campeão da edição transata como o melhor ciclista na corrida.

O homem da Vorarlberg não precisou de muita explosividade para impor a sua superioridade na estrada, com a longa – e espetacular – ascensão ao Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo, a mostrá-lo sozinho ‘contra o mundo’, que podia vê-lo desde trás mas não conseguiu alcançá-lo.

O suíço respondeu a um ataque do equatoriano Jonathan Caicedo (Petrolike), a 4,5 quilómetros da meta e já em plena subida, com o uruguaio Mauricio Moreira (Sabgal-Anicolor), vencedor em 2022, a tentar fechar.

Moreira teve o auxílio de Frederico Figueiredo ao longo desta dura subida, de quase 10 quilómetros, com o luso, que venceu a primeira chegada ao Observatório, em 2022, a ‘puxar’ e selecionar o grupo de favoritos.

Em sentido inverso na Sabgal-Anicolor esteve o russo Artem Nych, que não conseguiu seguir com os melhores, com ‘Mauri’ sozinho na perseguição a Stüssi, que se isolou a 4,1 quilómetros da meta.

Com vários ciclistas a tentarem a sorte no encalço do suíço, o campeão mostrou por que está aqui com equipa reforçada, para atacar o ‘bis’, e uma cadência regular permitiu-lhe seguir a ritmo estável que os outros não conseguiram seguir.

O melhor nessa tarefa foi António Carvalho, que mostrou estar em grande nível nesta montanha, assim como o experiente Luís Fernandes, que fechou o pódio.

O que se seguiu foi uma sequência de ciclistas ‘espalhados’ e a chegarem em conta-gotas ao Observatório, muito depois de Stüssi abrir os braços e salientar o nome da equipa, a começar por Mauricio Moreira, no oitavo lugar e a 1.07 minutos.

Numa geral completamente alterada, e sem o vencedor do prólogo, o português Rafael Reis (Sabgal-Anicolor), cujos terrenos prediletos são outros, o camisola amarela tem já alguma folga para vários rivais.

Além dos 32 para Carvalho e 58 para Fernandes, todos os outros estão já a mais de um minuto, a começar pelo colombiano Diego Camargo, o melhor da Petrolike após Caicedo ceder terreno na sequência do ataque, agora quarto a 1.02 minutos.

Moreira é quinto, a 1.07, e o espanhol Ander Okamika (Burgos-BH) é sexto, a 1.14, a mesma distância de Jesus del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), sétimo.

Jon Agirre (Kern Pharma), o primeiro a perseguir Stüssi quando este se isolou, é oitavo, a 1.15, e Joan Bou (Euskaltel-Euskadi) nono, a 1.21, com o português Afonso Eulálio (ABTF-Feirense)a fechar top 10, a 1.22.

Se Stüssi domina as classificações geral, montanha e pontos, o espanhol Jaume Guardeño (Caja Rural-Seguros RGA) é o melhor jovem, com a Euskaltel-Euskadi a encimar a tabela de equipas.

Antes da celebração, a fuga do dia, composta pelos espanhóis Raul Rota (Rádio Popular-Paredes-Boavista), Unai Esparza (Illes Balears Arabay) e o norte-americano Samuel Boardman (Echelon Racing), atravessou as três metas volantes do dia e parecia perder o contacto na subida categorizada do Senhor da Serra.

De resto, e num dia com muitos problemas mecânicos para vários ciclistas de equipas portuguesas, os três escapados ficaram ainda separados do pelotão, obrigado a parar dois minutos numa passagem de nível, ainda na primeira metade da etapa.

Aí, vários ciclistas procuraram atacar, pensando nos pontos de montanha, mas Rota mostrou a sua combatividade e resiliência ao manter-se na frente e depois, já sozinho, encimar esse pórtico, antes de ser absorvido, a nove quilómetros da meta.

Na sexta-feira, o pelotão sai de Santarém para a segunda etapa, que termina 164,5 quilómetros depois em Marvila, Lisboa, com uma chegada disputada ao sprint em perspetiva.