Vuelta: Irlandês Dunbar vence a 11.ª etapa, O'Connor mantém liderança, mas perde vantagem
Quando se atinge o meio da prova, é claro que o camisola vermelha tem dificuldades nas etapas de média montanha, como se viu nos 166,4 quilómetros com partida e chegada a Padrón, cedendo mais de 30 segundos para o esloveno Primoz Roglic e para os espanhóis Enric Mas e Mikel Landa.
A etapa pode ser seguida em dois planos, o primeiro dos quais o da vitória, com um grupo em fuga com mais de uma trintena de unidades, com todas as principais formações representadas.
O outro, o da luta pela camisola vermelha, já que perto do final havia a subida do Puerto Cruxeiras, 2,8 quilómetros com declive de 9%, que se antecipavam como terreno ideal para Roglic (Red Bull - BORA - hansgrohe) ir buscar alguns segundos.
O esloveno fez o que lhe competia e apenas Mas (Movistar) e Landa (Soudal Quick Step) responderam, com O'Connor a ceder 37 segundos, para passar a liderar com vantagem de 3.16 minutos para Roglic e 3.58 para Mas.
Roglic foi apenas o 35.º na etapa, a 3.31 do vencedor, tendo Dunbar concluído o seu esforço do dia em 3:44.52 horas.
Entre eles, ficaram as três dezenas de integrantes da fuga, claramente muito consentida, que se foi fracionando na escalada do Puerto Cruxeiras.
Dunbar foi um dos que subiu bem e, a 650 metros do fim, surpreendeu todos, com um forte golpe que acabou por deixar o belga Quinten Hermans (Alpecin - Deceuninck) e britânico Max Poole (dsm-firmenich PostNL), melhores terminadores que o irlandês, a dois segundos.
O único português ainda em prova, Nelson Oliveira, da Movistar, teve uma jornada sem pressão, para ser 93.º, a 10.06 do vencedor. Na geral, desce quatro lugares, para 72.º, a 1:15.41 de O'Connor.
Na quinta-feira, a 12.ª etapa começa nas termas de Ourense e termina na estância de montanha de Manzaneda, num percurso de 137,5 quilómetros.
Manzaneda é uma subida de primeira categoria, com quase 17 quilómetros a 4,7% por cento em média, ou seja terreno propício para novos ataque a O'Connor.