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Ciclista Maria Martins ultrapassa “fase muito complicada” e chega “feliz” aos Mundiais

Maria Martins em ação nos Jogos
Maria Martins em ação nos JogosHUGO DELGADO/LUSA
A ciclista portuguesa Maria Martins ultrapassou uma “fase muito complicada” para chegar “feliz” aos Mundiais de pista, que arrancam hoje em Ballerup, Dinamarca, após nova participação em Jogos Olímpicos e um 2024 com menos resultados de relevo.

“Confesso que, após os Jogos, tive uma fase com um pouco mais de dificuldade em encontrar-me, tanto às boas sensações como à minha motivação. Foi um período em que se fica num vazio, num vácuo, e demorou a sair de lá”, admite a corredora de 25 anos, em entrevista à Lusa.

Na Ballerup Super Arena em que esta quarta-feira compete, no scratch, pelas 18:00 de Lisboa, em corrida em que já foi bronze, nos Mundiais de Berlim-2020, Tata Martins reflete sobre um ano de 2024 em que deixou a estrada e se dedicou a ser pistard a tempo inteiro.

“(Nos Jogos Olímpicos,) os resultados foram diferentes, e o sucesso pessoal foi diferente. Tóquio-2020 foi muito importante para mim, superei as minhas expectativas, e nestes aconteceu o inverso”, comenta.

Depois do diploma olímpico em Tóquio-2020, em que se consagrou como pioneira ao ser a primeira ciclista portuguesa na pista nuns Jogos Olímpicos, com um sétimo lugar no omnium, o 14.º posto em Paris-2024 levou-a a uma sensação de frustração.

A segunda participação em Jogos Olímpicos, ainda assim, permitiu-lhe igualar Ana Barros como ciclista com mais participações neste evento – e, incluindo masculinos, só Rui Costa (três) e o recordista Nelson Oliveira (quatro) têm mais.

De resto, a duas vezes medalhada em Mundiais, e com mais três pódios em Europeus, teve um ano menos fulgurante, com repercussões no lado psicológica, mas agora consegue apontar nova luz ao que viveu.

“Independentemente disso, saio satisfeita. De cabeça fria, consigo refletir. Mas é sempre uma fase muito complicada, e em que se tem tendência a entrar num túnel, corra bem ou mal, e é difícil reencontrar a luz. Já saí desse túnel, e estou muito feliz de estar a voltar ao meu estado normal, por assim dizer”, afirma.

De há “duas a três semanas as coisas têm melhorado”, e agora encontra-se “motivada para finalizar este ano e conseguir um 2025 ainda melhor”, participando em Ballerup no scratch, na eliminação (quinta-feira) e no omnium (sexta-feira).

“Gostava de terminar a época com boa sensação, tanto física como psicológica, e sair daqui orgulhosa com o ano que fiz, independentemente de não terem sido os melhores resultados”, declara.

Os Mundiais de Ballerup arrancam esta quarta-feira e decorrem até domingo, com uma seleção portuguesa que inclui também o campeão olímpico do madison Rui Oliveira (com o ausente Iúri Leitão), Ivo Oliveira, duas vezes medalhado em Mundiais, o estreante Diogo Narciso, e Daniela Campos.