COI reafirma "total confiança" na Agência Mundial Antidopagem
O relatório provisório da investigação independente sobre o caso dos 23 nadadores chineses que testaram positivo em 2021 e não foram sancionados foi tornado público na terça-feira, colocando a AMA numa posição comprometedora depois de a imprensa ter revelado o que aconteceu.
"O COI apela a todas as partes envolvidas para que respeitem a autoridade suprema da AMA na luta contra o doping", acrescentou o organismo olímpico em comunicado. Nos Estados Unidos, a agência antidopagem norte-americana (USADA) continua a acusar a AMA de querer extinguir o escândalo e foi aberta uma investigação federal.
"Este respeito é a base sobre a qual a AMA foi fundada pelos governos e pelo movimento olímpico (em 1999, após o caso Festina no ciclismo)", declarou o COI.
Segundo Eric Cottier, um procurador suíço reformado que foi encarregado em abril de examinar a gestão do caso pela AMA, a organização mundial antidoping "não favoreceu" a China, que decidiu não sancionar os nadadores que testaram positivo para a trimetazidina, uma molécula proibida desde 2014. Na altura, a China concluiu que o teste positivo se devia a uma contaminação alimentar.
O relatório de Eric Cottier considera que a decisão da AMA de "não recorrer" contra o facto de a China não ter sancionado os nadadores foi "razoável", dadas as poucas hipóteses de um recurso bem sucedido devido à falta de provas que refutassem a tese da contaminação.
Vários destes nadadores ganharam medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021 e onze deles foram seleccionados para participar nos Jogos de Paris.