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Confrontos em jogo de futebol na Turquia levam a sete detenções e protesto pró-curdo

Confrontos em jogo de futebol na Turquia levam a sete detenções e protesto pró-curdo
Confrontos em jogo de futebol na Turquia levam a sete detenções e protesto pró-curdoAFP
A polícia turca deteve sete pessoas após a violência desencadeada num jogo de futebol na cidade de Bursa contra uma equipa da cidade maioritariamente curda de Diyarbakir, indicaram as autoridades, e um partido pró-turco disse que os oficiais deveriam demitir-se por causa do "racismo" experienciado no encontro.

As imagens vídeo mostram jogadores do Amedspor a serem atingidos em campo com garrafas de água e objetos afiados, tais como pequenas facas, ao mesmo tempo que os adeptos entoavam cânticos nacionalistas turcas e slogans anti-curdos.

O escritório do governador da província de Bursa, no noroeste da Turquia, disse que três funcionários públicos foram afastados dos cargos enquanto aguardavam o resultado de uma investigação aos acontecimentos na partida de domingo entre o Bursaspor e o Amedspor, de Diyarbakir.

Garantiu que os procuradores instauraram processos aos envolvidos num ataque aos balneários no final do jogo e também aos que desdobraram tarjas e bandeiras durante o encontro. Até ao momento, sete pessoas foram detidas, acrescentou.

Jogador do Amedspor atingido na cabeça
Jogador do Amedspor atingido na cabeçaAFP

O Amedspor está em terceiro lugar no terceiro escação do dfutebol turco depois de perder por 2-1 no encontro de domingo.

Os co-líderes do Partido Democrático dos Povos (HDP), pró-curdo, emitiram uma declaração no domingo na qual afirmam que o Amedspor foi sujeito a um "linchamento e fascismo organizados" em Bursa.

Os jogadores foram alvo de cânticos racistas e fogo de artifício no exterior do hotel durante a noite anterior ao jogo, algo que continuou no dia seguinte e durante o próprio jogo. 

A hostilidade demonstrada ao Amedspor durante o encontro incluiu slogans racistas e a exibição de fotografias alusivas ao assassínio de figuras públicas curdas nas décadas de 1980 e 1990, disse o HDP, pedindo a demissão dos funcionários que permitiram o triste acontecimento.

Numa declaração emitida esta segunda-eira, a Federação Turca de Futebol (TFF) condenou as "ações e discursos provocatórios" e prometeu ação.

"O racismo, ações e retórica divisivas, atitudes violentas e comportamentos de grupos marginilizados nos estádios nunca são aceitáveis", pode ler-se.

No Twitter, o Bursaspor partilhou um vídeo de um jogo disputado em setembro do ano passado com o Amedspor em Diyarbakir, no qual a polícia de choque escudou e protegeu os jogadores do Bursaspor enquanto estes eram atingidos por objetos da multidão.

"Teríamos esperado a mesma sensibilidade daqueles que agora pontificam dos seus lugares de forma ignorante, depois do jogo em Diyarbakir, em que fomos apenas "jogar futebol". O Bursaspor está acima da política", pode ler-se.