Hamilton qualificou-se num dececionante sexto lugar para a grelha de sprint de sábado, com Leclerc apenas em 10.º, ambos atrás do dono e senhor da pole Max Verstappen, da Red Bull.

"Não estive na luta de todo, toda a sessão foi bastante desastrosa do nosso ponto de vista", disse Hamilton, que saiu da pista na sua primeira volta no SQ1.

"Os treinos foram bons, o carro estava bem, não acho que tínhamos o ritmo para estar na pole, mas as voltas foram muito más. Não acho que a ultrapassagem seja grande coisa aqui, mas vamos dar o nosso melhor. Normalmente, não é uma corrida muito agitada, por isso, penso que o foco será sobretudo conseguir uma melhor qualificação amanhã", apontou.

O seu colega de equipa George Russell qualificou-se em quarto lugar e disse sentir-se capaz de desafiar e acredita que a forma da Mercedes mostra que estão a voltar a ser uma força mais competitiva.

Um Leclerc azarado ficou perplexo com o mais recente fracasso da sua parte e da Ferrari. O monegasco, que conquistou uma emocionante vitória em casa no mês passado, ficou no 10.º lugar depois de não ter conseguido fazer uma volta devido a um problema no carro ao sair das boxes.

O seu companheiro de equipa na Ferrari, Carlos Sainz, que vai deixar a equipa este ano para ser substituído por Hamilton, foi quinto.

"Não sei o que aconteceu. Eu estava no pitlane e o anti-stall desligou-se. A equipa disse-me que falaríamos quando eu voltasse à garagem, mas vim diretamente para aqui e por isso não sei", disse Leclerc, cuja carreira na Ferrari tem sido muitas vezes prejudicada por erros da equipa ou mau julgamento.

Quando os carros começaram a sair do pitlane para as últimas voltas que decidia a pole position, Leclerc parou na berma da estrada para permitir a passagem dos rivais. Voltou à ação, mas já era tarde demais para completar a volta de aquecimento e cruzar a linha de partida e chegada antes da bandeira axadrezada. Como resultado, não registou uma volta rápida.

"Não estávamos a ser muito fortes, mas definitivamente melhor do que P10. Por isso, é um pouco dececionante. Temos de ver o que aconteceu e tentar fazer uma corrida de sprint forte e voltar para a frente", acrescentou.

Depois de vencer no Mónaco com Sainz em terceiro lugar, Leclerc e a Ferrari sofreram um duplo DNF (não acabaram a corrida) no Canadá, onde ambos os pilotos não conseguiram chegar ao top10 na qualificação, e depois terminaram em quinto e sexto em Espanha no domingo passado.

Chegou à Áustria com alguma confiança na possibilidade de repetir a vitória de 2022, mas parecia estar a sofrer com a inconsistência da equipa italiana.

"Em Montreal, identificámos muito bem o que estava a correr mal e a culpa foi mais dos pneus. Mas em Barcelona, faltou-nos apenas ritmo puro e fomos mais lentos do que esperávamos. Acho que não optimizámos o nosso pacote. Por isso, vamos continuar a trabalhar e tentar otimizar também o novo pacote que temos no carro, que obviamente foi utilizado na primeira corrida em Barcelona", acrescentou.

"E ainda temos algum trabalho para tentar compreender um pouco melhor estas novas peças que estamos a utilizar agora. No entanto, não acho que os problemas que temos sejam os mesmos e não temos uma tendência", finalizou.