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Fórmula 1: Leclerc está confiante mas evita falar de títulos antes do GP do Canadá

AFP
Leclerc está ansioso pelo GP do Canadá
Leclerc está ansioso pelo GP do CanadáAFP
Charles Leclerc vai tentar dar continuidade ao triunfo impecável, embora emotivo, para a Ferrari no Grande Prémio do Mónaco com outra vitória no Grande Prémio do Canadá deste fim de semana.

O piloto monegasco, que dominou em Monte Carlo ao fazer a pole position e depois controlar a corrida, foi rápido a manter as expectativas sob controlo e evitou falar de uma candidatura ao título ao fim de apenas oito rondas, numa temporada com um recorde de 24 corridas.

"Não nos devemos deixar levar. Obviamente, o Mónaco é uma pista muito específica e tínhamos  um carro muito bom. Não quer dizer que se mantenha assim até ao final do ano, mas olhando para trás fizemos um bom trabalho ao maximizar as corridas que fizemos. Para já, 31 pontos é bom, mas não penso no campeonato. Ainda é muito cedo na época. Temos mais para melhorar e, pouco a pouco, podemos lá chegar", disse, mantendo uma abordagem comedida.

A vitória de Leclerc no Mónaco foi a segunda da Ferrari este ano, após o sucesso de Carlos Sainz na Austrália, e encantou os tifosi que estão desesperados para ver a equipa italiana a celebrar de forma consistente e acabar com a supremacia de Max Verstappen e da Red Bull.

O tricampeão do mundo voltou a ter dificuldades no Mónaco, especialmente nas bermas, e poderá enfrentar desafios semelhantes no rápido e exigente Circuito Gilles Villeneve, que mistura características de pista de rua com secções de alta velocidade em circuito aberto.

"Tenho estado com a equipa e no simulador a preparar-me para esta corrida", disse Verstappen. "É única, tem lancis da velha guarda e há muitas oportunidades de ultrapassagem. É muito importante ter uma boa configuração e encontrar um equilíbrio entre a velocidade em linha reta e a estabilidade na travagem".

Acrescentou ainda que ficou feliz com a notícia de que a Red Bull estendeu o contrato de Sergio Perez até 2026: "Tivemos uma época recorde no ano passado e a equipa é forte. É uma parceria de sucesso".

Enquanto a Ferrari procura bater a Red Bull novamente, tal como a McLaren fez quando Lando Norris venceu em Miami, a Mercedes continua a perseguir os líderes com mais atualizações, numa tentativa de transformar as promessas em resultados. Tanto George Russell como Lewis Hamilton terão a nova asa dianteira que apenas Russell teve no Mónaco.

Para a Aston Martin, propriedade de Lawrence Stroll, cujo filho Lance conduz ao lado do bicampeão mundial Fernando Alonso, a corrida na ilha artificial de Notre Dame, no meio do rio St. Lawrence, é em casa.

Esperam recuperar a forma e que não haja problemas com o muro dos campeões na última curva, onde muitos pilotos se despistaram. A previsão de tempo instável e a possibilidade de chuva garante uma corrida imprevisível e muito disputada.

Poderá também ter um resultado inesperado, uma vez que Esteban Ocon, prestes a deixar a Alpine no final do ano na sequência da colisão com o companheiro de equipa Pierre Gasly no Mónaco, foi substituído na primeira sessão de treinos livres pelo reserva Jack Doohan, 21 anos, filho do antigo campeão mundial de motociclismo Mick Doohan.

A história mostra que a pista complicada é apreciada pelos campeões, com Lewis Hamilton e Michael Schumacher, sete vezes campeões, a partilharem os recordes do circuito com sete triunfos para cada um e seis poles, mas com a Mercedes sem vitórias desde o Grande Prémio do Brasil de 2022, Verstappen pode continuar a ser o homem a bater.

Venceu partindo da pole no ano passado para conquistar a segunda vitória em Montreal e, assim como a problemática Red Bull, precisa de recuperar a forma e a consistência se quiser distanciar-se de Leclerc e Norris no que, em perspetiva, parece ser uma luta acesa pelo título de pilotos este ano.