Fórmula: Quatro pontos-chave antes da segunda corrida da época no GP da Arábia Saudita
Escalada da polémica
Helmut Marko sorriu em forma de gozo, dizendo "não foi assim tão trágico". No entanto, Max Verstappen, o campeão do mundo, vê as coisas de forma muito diferente: a possível saída do seu mentor na Red Bull Racing levou o neerlandês a usar palavras invulgarmente claras: "Helmut tem de ficar. A minha lealdade para com ele é muito forte, sempre o disse a todos na equipa até ao topo".
De acordo com a ORF, Marko está prestes a deixar os campeões e o próprio dirigente de 80 anos anunciou uma reunião com a direção no sábado. "Tudo tem de estar bem para que eu queira continuar a trabalhar lá", vincou.
A saída de Marko na luta pelo poder com o chefe de equipa Horner pode ter sérias repercussões desportivas - porque Verstappen tem uma grande consideração pelo patrão. Os rumores de uma mudança iminente para a Mercedes já estão a circular. Esta história fará definitivamente parte da corrida de sábado.
O dominador
No entanto, e isso também é uma história em si, o tricampeão está alheio a todo o caos. No Bahrain, teve de lutar arduamente pela pole position antes de voar para a vitória no Grande Prémio. Em Jeddah, não teve concorrência na qualificação depois dos dados recolhidos nos treinos livros e essa diferença deve ser ainda mais clara na corrida.
Verstappen parece, mais uma vez, não ter um verdadeiro adversário, já que o seu companheiro de equipa Sergio Perez também não acompanha o ritmo: vai partir do terceiro lugar, ainda atrás do piloto da Ferrari Charles Leclerc. Verstappen, por sua vez, pode vencer pela nona vez consecutiva este sábado. O seu próprio recorde do ano passado estará então a apenas uma vitória de distância.
GP da Arábia Saudita de Fórmula 1 - análise da pista do Jeddah Corniche Circuit
O estreante
Oliver Bearman viajou para Jeddah para um fim de semana normal de Fórmula 2, uma vez que o seu papel como piloto de reserva na categoria rainha é normalmente de natureza mais teórica. Mas quando os holofotes se acenderam para a qualificação, o jovem de 18 anos estava subitamente sentado num Ferrari de 950 cv - para render Carlos Sainz, que teve de ser operado a uma apendicite. Na Fórmula 2, Bearman tinha garantido a pole position na quinta-feira, mas, no nível acima, terminou em 11.º lugar na grelha neste arranque a frio.
Ainda antes da corrida, a sua estreia é especial: Bearman será o mais jovem participante num Grande Prémio nos quase 75 anos de história da Ferrari na Fórmula 1, o terceiro mais jovem de sempre, atrás de Max Verstappen e Lance Stroll. É também a primeira vez que um inglês pilota para a Scuderia desde Nigel Mansell (1988 a 1990). E, aliás, é uma indicação subtil de quantos grandes talentos do desporto automóvel a Grã-Bretanha tem atualmente para oferecer.
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A despedida
Não está a correr como planeado, é o que se pode dizer até agora. Lewis Hamilton disputa as últimas corridas pela Mercedes, faltando exatamente 23, antes de o recordista de campeonatos se mudar para a Ferrari. Hamilton tinha sido bastante cauteloso antes da temporada, o ataque ao topo não fazia parte do plano.
Mas não foram apenas as capacidades limitadas do W15 que tornaram o início difícil para o inglês: no Bahrain, terminou atrás de George Russell tanto na qualificação como na corrida, e isto repetiu-se na luta pelas posições na grelha em Jeddah. O príncipe herdeiro começará a corrida em sétimo lugar, o rei em oitavo - um interessante duelo previsto já para a curva um.