Verstappen admite que a Red Bull enfrenta problemas no Mónaco

O tricampeão mundial e líder da classificação disse que não conseguia descrever as dificuldades que enfrentava num carro que "saltava como um canguru", enquanto lutava a mais de meio segundo do ritmo estabelecido por Charles Leclerc no seu Ferrari.

"Acho que não consigo descrever o que está realmente a acontecer", disse.

"É simplesmente muito difícil. Não é algo que eu não esperava, mas está definitivamente no limite superior - o pior resultado possível do fim de semana até agora. Há muitos ressaltos, lancis e mudanças de câmber na pista e é basicamente impossível aguentar cada vez que a percorremos", acrescentou o piloto neerlandês.

"Perde-se muito tempo por volta só porque o carro não está a lidar bem com isso. Isso está definitivamente a impedir-nos de sermos mais rápidos neste momento. Também não há uma direção ou solução clara para o fim de semana para tentar resolver algo assim", disse Verstappen.

Leclerc estava em forma imperiosa para terminar mais rápido à frente do revitalizado sete vezes campeão Lewis Hamilton, da Mercedes, seu futuro companheiro de equipa na Ferrari, e Fernando Alonso, da Aston Martin.

Verstappen e a Red Bull enfrentaram problemas semelhantes no Grande Prémio de Emilia Romagna, no fim de semana passado, onde recuperou para conquistar a pole position com mudanças tardias na configuração e depois venceu a corrida, pouco à frente de Lando Norris, da McLaren.

Desta vez, disse ele, os problemas são muito diferentes.

"Imola foi completamente diferente, com problemas diferentes que podem ser resolvidos com a afinação", disse.

 "Mas este tipo de coisas não se pode resolver com a afinação porque é assim que o carro é feito e concebido. Este tipo de coisas não se pode mudar de um dia para o outro, por isso estamos presos a isso. Vamos tentar melhorá-lo um pouco, mas não estou à espera de milagres", acrescentou o neerlandês.

Verstappen disse ainda que, depois de ter ficado preocupado com o ritmo da McLaren nas últimas corridas, era agora a Ferrari e a Mercedes que estavam a mostrar velocidade à frente da Red Bull.

"A Ferrari está milhas à frente, por isso nem sequer estou a pensar nisso para amanhã", disse.

"Eu só quero tentar resolver os problemas que temos, tentar torná-lo um pouco mais dirigível e depois ver onde terminamos", concluiu.