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MotoGP/Portugal: Miguel Oliveira de "coração cheio" com apoio do público no Algarve

LUSA
Miguel Oliveira disse que o nono lugar não é um resultado negativo
Miguel Oliveira disse que o nono lugar não é um resultado negativoAFP
O piloto Miguel Oliveira (Aprilia) manifestou-se este domingo de “coração cheio” com o apoio do público, embora o resultado não tenha sido o desejado na corrida do Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que decorreu em Portimão.

Não tenho palavras para descrever todo o apoio que o público demonstrou. Foi um fim de semana simplesmente de sonho, apesar do resultado. Sei que o apoio é incondicional e estou de coração cheio por isso”, disse o piloto português.

Em declarações aos jornalistas, no final da corrida de MotoGP, em que terminou no nono lugar, a mais de 23 segundos do vencedor, Miguel Oliveira notou que o único apoio que viu assim foi ao italiano Valentino Rossi, sete vezes campeão do mundo da categoria.

Faço o Mundial há cerca de 14 anos e o único apoio que vi assim do público para com um piloto especificamente, foi só com o Valentino Rossi”, apontou.

O piloto natural de Almada considerou que fez “uma boa corrida, com um bom arranque, onde conseguiu ter mais estabilidade da moto, depois de algumas afinações”.

Guiei hoje a moto mais estável do fim de semana, que representa algum sinal de melhoria e, por isso, estou ligeiramente mais contente”, apontou.

Na opinião de Oliveira, a classificação “poderia ter sido diferente” quando, a seis voltas do fim da corrida, rodava na nona posição e perdeu três posições, caindo para o 12.º posto.

"Bezzecchi ultrapassou-me no final da reta e obrigou-me a alargar muito a trajetória. Quando entrei para a pista tinha perdido três posições”, lamentou.

Contudo, adiantou, que o nono lugar “não é de todo um resultado negativo”, referindo ser “necessário a partir de agora reconstruir todo o trabalho, a base e a confiança”.

Questionado sobre se o início do Mundial estava a decorrer conforme as previsões, Oliveira adiantou que “de acordo como decorreram os testes, sim”.

Gostava de poder demonstrar um pouco mais, mas tenho tido muitos contratempos com a moto, ao não acertar bem com o setting. A equipa está a ter muitas dificuldades”, descreveu.

Para Miguel Oliveira “não basta ter uma moto” da Aprilia à frente que sirva de referência: “A equipa “tem de fazer um trabalho grande para me poder dar as ferramentas de que preciso”.

Após duas corridas, o português ocupa o 14.º lugar do Mundial, com oito pontos, a 52 do líder, o espanhol Jorge Martin (Ducati).