A seis corridas do fim do campeonato, Martinator tem 24 pontos de vantagem sobre Pecco" (341 contra 317), embora o italiano Enea Bastianini (282), vencedor no passado domingo, e o espanhol Marc Márquez (281) estejam arredados da luta.
24 pontos de vantagem sobre o espanhol
Martín é o líder do Campeonato do Mundo, embora não ganhe um Grande Prémio desde Le Mans, no início de maio, mas nos últimos meses tem sido o mais consistente, com seis segundos lugares e um terceiro desde aí.
O madrileno de 26 anos, atual vice-campeão da categoria, tem aproveitado os erros dos rivais, como as duas desistências do campeão Bagnaia nas últimas três corridas, uma delas no domingo passado, em casa, no 100.º Grande Prémio da sua carreira.
Essa corrida em Misano ficou marcada pela polémica manobra do companheiro de equipa de Bagnaia, Bastianini, quando empurrou o espanhol para fora da pista ao ultrapassá-lo na última volta, com Pecco já fora de prova, o que lhe permitiu conquistar a vitória e, sobretudo, impediu Martin de somar mais cinco pontos que poderiam ser decisivos na luta pelo título.
Polémica em Misano
Martin dedicou a Bastianini um corte de mangas a cruzar a linha de chegada na segunda posição e queixou-se de ter sido "empurrado para fora da pista", embora mais tarde tenha felicitado o seu rival e até brincado perante as câmaras com o sucedido.
Bastianini, por seu lado, admitiu ter ido "até ao limite" para tentar ultrapassar o espanhol.
Seis vezes Campeão do Mundo na categoria e frequentemente envolvido neste tipo de polémica devido à sua condução agressiva, Márquez também deu o seu veredito: "Sabia que iam dizer que foi uma ultrapassagem ao estilo Márquez, mas são circunstâncias de corrida. Se nessa ultrapassagem se sai da pista ou o outro piloto acaba no chão, isso é punível".
Portanto, para o catalão, Bastianini deveria ter sido penalizado, pois a sua mota passou por cima da zona azul que marca os limites da pista.
Apesar de tudo, Martin saiu de Misano satisfeito: "Cheguei com sete pontos (de vantagem) e vou-me embora com 24". E lembrou que a Indonésia é uma pista de que gosta, onde ganhou o sprint no ano passado.
Independentemente de quem está certo ou errado, os organizadores do Campeonato do Mundo e os adeptos estão a esfregar as mãos com o que pode acontecer nas próximas corridas e com o suspense na luta pelo título.