MotoGP: Miguel Oliveira “esperava muito pior” no regresso à competição
O piloto natural de Almada, que sofreu múltiplas fraturas no braço esquerdo nos treinos livres do Grande Prémio da Indonésia, a 29 de setembro, fez esta sexta-feira a sua melhor volta em 1.40,404 minutos, terminando a 1,486 segundos do mais rápido da sessão, o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), bicampeão em título.
“Estou com o pulso direito um pouco dorido, mas acho que esperava (que estivesse) muito pior. Pude pilotar e consegui sentir os reflexos a regressar ao meu corpo e, sobretudo, à minha mente”, começou por dizer Miguel Oliveira, citado pelo comunicado de imprensa da equipa Trackhouse.
O piloto, de 29 anos, referiu ainda que o período em que tentou voltas rápidas “foi um pouco confuso”, mas considera que “o potencial está lá para melhorar” no sábado, pelo que ficou “satisfeito por isso”.
“Estou apenas a tentar desfrutar o mais possível”, concluiu Miguel Oliveira.
Já o diretor desportivo da Trackhouse, Wilco Zeelenberg, mostrou-se “agradado” por ver o português “a pilotar novamente”.
“Não se sente fantástico, mas é bom vê-lo novamente em cima da mota a tentar recuperar a sua rapidez. Amanhã (sábado), tentará melhorar”, disse.
Miguel Oliveira terá de disputar a primeira fase da qualificação (Q1) do GP de Barcelona, no sábado, para tentar o apuramento para a fase seguinte (Q2), que reúne os 10 mais rápidos dos treinos cronometrados de hoje e os dois melhores da Q1.
Para além da qualificação, para sábado está ainda prevista a corrida sprint.
Em caso de vitória, o espanhol Jorge Martín sagra-se, desde já, campeão mundial de MotoGP pela primeira vez, bastando ao piloto madrileno ganhar dois pontos na corrida sprint a Bagnaia para conquistar o título. Caso contrário, a discussão segue para a corrida principal, no domingo.
Já Bagnaia só conseguirá ser campeão no domingo, se recuperar 24 pontos face ao espanhol.
Mesmo que vença a corrida sprint de sábado e Jorge Martín não pontue, os 12 pontos em disputa representam apenas metade da distância que o separa do primeiro lugar.