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Perfil: Determinação é a força de Martinator

LUSA
Jorge Martín é o novo campeão do mundo de MotoGP
Jorge Martín é o novo campeão do mundo de MotoGPMANAURE QUINTERO/AFP
A determinação é a principal arma do espanhol Jorge Martín (Ducati), que este domingo se sagrou campeão mundial de MotoGP pela primeira vez na sua carreira, aos 26 anos.

Nascido em 29 de janeiro de 1998, em Madrid, Martinator sucede a Il Dottore, o emblemático Valentino Rossi, que em 2001 foi campeão mundial da categoria rainha estando numa equipa independente, então na Nastro Azzurro Honda.

No entanto, o piloto da Pramac Ducati foi o primeiro a consegui-lo desde a criação da categoria MotoGP, em 2002, cujas motas de arquitetura a quatro tempos vieram substituir as brutais motas de 500cc de cilindrada a dois tempos.

Bater os recordes do ídolo Rossi foi mesmo um dos sonhos de criança do madrileno, que descobriu o mundo das duas rodas quando o pai lhe ofereceu uma minimota em criança.

Começou pelas categorias de iniciação e foi aceite na Red Bull Rookies Cup, uma competição que acompanha algumas provas do Campeonato do Mundo, em 2012. Mas uma lesão afetou o seu ano de estreia.

Recuperado, mostrou a sua força em 2013, em que foi vice-campeão, atrás do checo Karel Hanika. No ano seguinte, não falhou e conquistou mesmo o título, o que lhe garantiu a subida ao Campeonato do Mundo de velocidade, no qual se estreou em 2015, na categoria de Moto3.

Impetuoso e agressivo, é um dos mais rápidos do pelotão mas a fogosidade custa-lhe, regularmente, quedas e lesões. Foi o que aconteceu em 2018, ano em que foi campeão de Moto3, apesar de uma lesão a meio da temporada.

Mestre nas qualificações, somou pole positions em metade das corridas dessa época, as mesmas com que o seu grande rival na luta pelo título deste ano, o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), bateu Miguel Oliveira na luta pelo título de Moto2.

Ora, a passagem de Martinator pela categoria intermédia começou em 2019, substituindo o piloto português, que ascendeu à MotoGP nessa temporada.

A Moto2 serviu de trampolim para o espanhol chegar ao MotoGP, em 2021.

O ano de estreia ficou marcado por uma violenta queda sofrida no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, no Grande Prémio de Portugal. Partiu oito ossos e falhou quatro corridas nessa temporada. Ainda assim, garantiu o título de Estreante do Ano (Rookie of the Year).

No ano seguinte, voltou em força e com promessas de bons resultados. Conquistou cinco pole positions mas não conseguiu traduzir nenhuma em vitória e, no final de 2022, foi preterido a favor do italiano Enea Bastianini para um dos lugares na equipa oficial.

Essa desilusão deu-lhe mais motivação para ser o principal adversário de Pecco Bagnaia na luta pelo título em 2023, que discutiu até à última prova, desafiando a equipa oficial do construtor transalpino.

Mas, a impetuosidade levou-o a cometer erros que provocaram quedas e lhe custaram muitos pontos, sobretudo na segunda metade da época. Apesar das quatro vitórias ao domingo e nove em corridas sprint, falhou o título mundial, perdido para Bagnaia, que se sagrou bicampeão.

Aprendeu a lição e, em 2024, apresentou-se mais forte psicologicamente, cometendo menos erros, mas voltou a ser preterido no salto para a equipa oficial, agora pelo compatriota Marc Márquez. Agastado, optou por deixar mesmo o universo da Ducati e assumir um lugar na estrutura oficial da Aprilia a partir de 2025.

A grande vingança será consumada no arranque da nova época, quando levar consigo o número 1, de campeão, para a nova equipa.