Cristiano Bacci elogia plantel do Santa Clara e pede "cabeça fria" ao Boavista
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Numa altura em que o conjunto do Bessa soma apenas cinco pontos e enfrenta uma deslocação aos Açores, perante um Santa Clara que se tem apresentado em grande plano no arranque do campeonato, o treinador italiano pediu mais pragmatismo aos seus jogadores, sobretudo no momento da finalização.
"Temos de ser mais certinhos, mais pragmáticos nos vários momentos do jogo. Até agora, tivemos muitas oportunidades para fazer golos em todos os jogos. Às vezes, não fomos certos. Não acertar na baliza, ter a cabeça fria é o que falta, na minha opinião", analisou, em conferência de imprensa de antevisão à partida.
No quarto lugar da classificação, já com 12 pontos, o conjunto orientado por Vasco Matos tem sido, até ao momento, a principal revelação do campeonato, em ano de regresso do emblema ao principal escalão do futebol português, o que mereceu elogios de Bacci.
"O Santa Clara é uma equipa que mudou muito pouco desde a temporada passada. Tem duplas, no sentido em que podem jogar dois por posição sem diferença nenhuma. Isso também é testemunhado pelo facto de que quem sai do banco muitas vezes até resolve o jogo. Significa também que o plantel é de muita qualidade, mas nós não temos medo de ir lá e tentar fazer o nosso jogo. Sabemos que vai ser um jogo difícil, como todos os jogos na Liga, mas estamos preparados", assegurou.
O treinador também abordou o recurso aos jogadores das camadas jovens, em virtude do impedimento pela FIFA em inscrever novos atletas, após ter promovido a sexta estreia no plantel principal, Tomás Silva, na derrota frente ao Benfica (3-0).
"No final do último jogo, falei sobre a situação do lateral-direito do Benfica (Issa Kaboré), que se tinha estreado na Liga dos Campeões com algumas dificuldades, normais para qualquer jovem que entra na equipa principal. O treinador deu tempo para que ele descansasse e voltasse mais pronto, como deve acontecer. O nosso problema é que nós não temos esse tempo. Os jogadores têm de errar, aprender e melhorar mais rápido do que o normal. Aqui é tudo para acelerar, para estarem prontos, para reagirem logo às dificuldades", explicou.
Quanto à necessidade de deslocar jogadores para fora das suas posições habituais, face às insuficiências do plantel, como aconteceu face à recente lesão de Rodrigo Abascal, Bacci destaca que o trabalho mental, no sentido de motivar os jogadores a desempenharem outros papéis, e técnico, "de campo", são simultaneamente importantes.
"É um bom desafio para qualquer treinador, mas o trabalho de campo é o que nos ajuda diariamente e durante o jogo. Por isso, temos tentado trabalhar no aspeto mental, mas também no campo, no dia-a-dia. Tentar passar mensagens positivas a todos os jogadores, mas terem de saber fazer o que a equipa precisa no momento", sublinhou.
O Boavista, 15.º classificado da Liga, com cinco pontos, desloca-se ao Estádio de São Miguel para defrontar o Santa Clara, quarto, com 12, a partir das 19:30 de domingo (20:30 em Lisboa), sob arbitragem de Bruno Vieira, da associação de Lisboa.