Danilo e a e escolha do novo selecionador do Brasil: “É importante ouvir os jogadores”
“A palavra final será sempre do presidente que é tem a capacidade para definir as coisas, mas é importante ouvir os jogadores porque são eles que vão estar em campo e a trabalhar diariamente. Não seria algo do outro mundo ter esse tipo de conversa até porque temos uma seleção com um background vasto, que vem de Espanha, Inglaterra, Itália, Brasil, França e pegando na experiência de cada um dá para encontrar um tipo”, explicou Danilo.
Carlo Ancelotti, do Real Madrid, é o plano principal da CBF e questionado sobre a possibilidade de um estrangeiro a treinar o Brasil, Danilo foi pragmático.
“É preciso separar em duas coisas. No que toca ao treino, estilo de jogo, acho que não existia nenhum problema, desde que fosse um bom treinador na linha dos jogadores. É preciso alguém que consiga convencer o grupo e se for bom vai conseguir convencer coisas. Depois há o que acontece fora do relvado e isso é difícil para todos, não só com os jogadores. O lidar com o ambiente da seleção, a imprensa, o adepto, a língua. Não podemos dizer que um estrangeiro vai chegar aqui amanhã e é tudo normal. Isso seria tapar os olhos. Apesar de que o acontece em campo e a qualidade que ele demonstrar aí é o importante”, frisou, dando um exemplo das alterações que poderia surgir e não ser bem aceites: “Vamos falar da Itália que vai jogar a Liga dos Nações, treina de manhã e depois dá a tarde aos jogadores que vão ter com a família. Aqui ainda existe muita gente a pensar que temos de estar no hotel o dia inteiro. Porque não podemos fazer como fazemos nos nossos clubes? É difícil para os brasileiros entenderem isso e pode complicar a adaptação de um treinador estrangeiro”.