De Filipe Oliveira a João Félix: A ligação portuguesa ao Chelsea
Fundado em 1905, o Chelsea tem uma história recente com uma forte ligação a Portugal. Campeão de Inglaterra em seis ocasiões, os londrinos venceram metade destes títulos com José Mourinho (2005, 2006 e 2015) no comando, sendo que foi o técnico luso que quebrou um jejum de 50 anos no que toca a estes troféus e deu início a uma era de títulos sob a égide de Roman Abramovich.
Contudo, não foi só fora do campo que a ligação do Chelsea a Portugal teve sucesso. Anunciado esta quarta-feira como reforço dos londrinos, João Félix vai ser o 14.º português a vestir a camisola dos blue e a grande maioria deles com sucesso.
Tudo começou com Filipe Oliveira. Formado no FC Porto, o polivalente jogador rumou ao Chelsea em 2002. Fez oito jogos com a equipa principal antes de em 2005 regressar a Portugal para representar o Marítimo.
A chega de José Mourinho ao Chelsea significou também a vinda de um vasto contingente português. Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira acompanharam o treinador na viagem do FC Porto e destacaram-se no emblema londrino. O central ficou até 2010 e sagrou-se tricampeão inglês, enquanto o lateral terminou a carreira em 2013 (ajudou o clube a conquistar o primeiro título europeu em 2012) e depois foi incorporado na estrutura. Tiago Mendes chegou do Benfica e ficou apenas uma temporada em Stamford Bridge, saindo depois para o Lyon.
Nesse mesmo ano chegou Nuno Morais, que ainda somou nove partidas pela equipa principal do Chelsea antes de rumar ao APOEL do Chipre.
Em 2005, é a vez de Maniche assinar pelo Chelsea, ele que havia saído do FC Porto para o Dínamo Moscovo no ano antes. Sagrou-se campeão inglês e rumou ao Atlético Madrid na temporada seguinte.
O verão de 2008 trouxe mais três portugueses, ano em que Luiz Felipe Scolari comandou os destinos do Chelsea. Depois de um período de sucesso no Barcelona, Deco teve uma passagem mais discreta por Londres, mas ainda venceu um campeonato; Bosingwa por cá ficou até 2012, tendo feito parte da conquista da primeira Liga dos Campeões da história do clube; e Fábio Paim voltou a não conseguir confirmar as expectativas.
À procura de revitalizar a carreira depois de uma passagem pouco exuberante pelo Inter de Milão, Ricardo Quaresma passou meia época, em 2009, em Stamford Bridge, mas fez apenas cinco partidas e regressou ao Giuseppe Meazza.
Seguiu-se Raúl Meireles, em 2011, que trocou o Liverpool pelo Chelsea e gozou de um período de sucesso, com a conquista da Liga dos Campeões, na única época que jogou em Londres.
Eduardo foi último português a representar o Chelsea. Contratado em 2016 ao Dínamo Zagreb, atuou sempre como uma solução experiente para a baliza e acabou por deixar o clube dois anos depois sem qualquer jogo oficial.