De Pelé a Endrick: cinco grandes craques adolescentes do Brasil
Endrick
O mais novo produto da fábrica de talentos do Pão de Açúcar. Depois do golo que marcou no empate a 3-3 com a Espanha, na terça-feira, encontrou-se com o presidente do Real, Florentino Perez, nos balneários do estádio Santiago Bernabéu."Estamos todos ansiosos para vê-lo aqui", disse Perez ao atacante, que assinou com o Real em dezembro de 2022 e irá mudar-se do Palmeiras de São Paulo para Madrid no verão, bem a tempo de seu 18º aniversário.
Endrick já tinha feito história em Inglaterra na semana passada, quando marcou o golo da vitória apenas no seu terceiro jogo internacional e tornou-se o mais jovem marcador de golos em Wembley. "Se ele continuar com essa atitude, será um nome muito importante no futebol brasileiro e no futebol mundial", disse o selecionador Dorival Júnior.
Pelé
Pelé, que morreu em dezembro de 2022, continua a ser a eterna referência com a qual todos os novos craques brasileiros serão inevitavelmente comparados. Aos 16 anos, oito meses e 14 dias, ele ainda é o mais jovem marcador do Brasil, marcando um total de 77 golos pelo país - o segundo maior da história da seleção brasileira. A carreira internacional de Pelé foi marcada pela glória em Mundiais: ele conquistou o primeiro título do país na Suécia em 1958, aos 17 anos, antes de ganhar o segundo e o terceiro troféu Jules Rimet em 1962 e 1970.
Ronaldo
Ronaldo estreou-se na seleção brasileira em 1994 e tornou-se o terceiro marcador mais jovem do país ao marcar contra a Islândia, com 17 anos, sete meses e 12 dias. Depois de uma amarga derrota na final do Campeonato do Mundo de 1998, onde adoeceu misteriosamente antes do pontapé de saída, o avançado compensou quatro anos mais tarde na Coreia do Sul e no Japão, marcando os dois golos na final contra a Alemanha. Foi o quinto título mundial do Brasil, um recorde. Em 17 anos de carreira na Seleção, ele disputou 99 partidas internacionais e marcou 62 golos.
Neymar
Com 79 golos em 128 jogos, Neymar é o melhor marcador da história da Seleção. A sua carreira com a canarinha está a chegar ao fim, mesmo que ainda não tenha conseguido o sexto título mundial que o seu país esperava. No entanto, Neymar fez jus à fama que teve desde que começou a jogar pelo Brasil, aos 18 anos.
Com o peso do país sobre os ombros, marcou quatro golos em cinco jogos no Campeonato do Mundo de 2014. Depois, sofreu uma lesão nos quartos-de-final contra a Colômbia e teve que se retirar na meia-final contra a Alemanha. O jogo, que foi perdido por 7-1, tornou-se um trauma nacional. No entanto, dois anos mais tarde, Neymar levou o seu país à conquista do ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ao vencer a Alemanha na final.
Alexandre Pato
O peso das expectativas no sétimo maior país do mundo é muitas vezes demasiado grande para ombros jovens. Pato foi um exemplo disso. Quando marcou o golo da vitória com apenas 18 anos, segundos depois de ter entrado em campo contra a Suécia em 2008, o Brasil inteiro sonhou com um novo Pelé.
Mas não foi o que aconteceu: o veloz avançado "só" disputou 27 partidas pela seleção, a última delas em 2013, com apenas 24 anos. Hoje, Pato joga no São Paulo - na cidade que Endrick em breve deixará para viajar para a Europa, talvez para fazer melhor.