Portugueses em ação
Mais uma vez o dia começou com uma incógnita, ou melhor, duas incógnitas: as provas de triatlo. De acordo com o plano oficial, Melaine Santo e Maria Tomé eram as primeiras portuguesas a entrar em ação, com arranque marcado para as 7:00, sendo que às 9:45 seria a vez de Vasco Vilaça e Ricardo Batista. Como na terça-feira, a realização da prova esteve sujeita a uma análise das águas do Sena, recolhidas quatro horas antes do início da competição, mas, desta vez, acabou por ser dada autorização para a realização das provas.
Certo era a prova de Inês Barros. A atiradora portuguesa vai participar na qualificação de tiro com armas de caça, às 8:00. Se avançar para a final, luta pelas medalhas a partir das 14:30.
No Judo, Taís Pina vai ser a representante portuguesa. A judoca mede forças com a italiana Kim Polling, na primeira ronda dos -70kg femininos. Os combates começam às 9:00, sendo que Taís Pina será a 16.ª a entrar no tatami.
Depois de António do Vale e Maria Caetano, Portugal fecha a participação na qualificação do dressage por equipas com Rita Ralão Duarte. A cavaleira portuguesa e Irão entram em ação às 11:38.
Terminamos com outra incógnita. Se as condições permitirem, Yolanda Hopkins vai defrontar Brisa Henessy, da Costa Rica na terceira ronda do torneio olímpico de surf. As eliminatórias começam às 18:00, sendo que a portuguesa entra em ação na terceira.
Ginástica
individual geral - 17:30
As competições de ginástica desportiva masculina trouxeram uma grande tragédia desportiva na segunda-feira, quando a China perdeu uma medalha de ouro quase certa na prova de conjunto por equipas no último aparelho. Os japoneses aproveitaram o erro de Su Weide no trapézio com uma finalização fantástica e passaram para o primeiro lugar. Dois dias mais tarde, a luta pelas medalhas culminará na prova individual e, mais uma vez, será uma batalha entre a China e o Japão.
Zhang Boheng foi o melhor classificado, mas logo atrás dele alinharam Shinnosuke Oka e Daiki Hashimoto, vencedor do último Campeonato do Mundo nesta prestigiada disciplina. Mas Hashimoto sabe que Bohemg não participou no Campeonato do Mundo do ano passado e, quando está em ação, é difícil de bater. Os eternos rivais e grandes amigos são ótimos na armadilha, que será a última disciplina para ambos, mas o chinês também se destaca nas argolas e nas barras. O resto do mundo irá provavelmente limitar-se a assistir, embora os britânicos Jake Jarman e Joe Fraser também queiram entrar na luta pelas medalhas. Os americanos estão a apostar em Fred Richards, mas este não se saiu muito bem nas eliminatórias.
Basquetebol
EUA - Sudão do Sul: 20:00, Lille, Estádio Pierre Mauroy
Só em 2013 é que o Sudão do Sul se tornou membro da FIBA e só no ano passado é que a sua seleção nacional participou no seu primeiro grande torneio. No Campeonato do Mundo, a equipa africana foi eliminada na fase de grupos, mas, ao mesmo tempo, o 17º lugar significou a qualificação para os Jogos Olímpicos. Infelizmente, o mais famoso jogador de basquetebol do Sudão, Manute Bol, não viveu para ver isso. Mas este icónico e mais alto jogador da história da NBA (231 cm) estaria certamente orgulhoso de continuar a grande história. No entanto, sob a liderança dos antigos jogadores da NBA Luol Deng e do americano Royal Ivey, surgiu, num curto espaço de tempo, uma equipa que está a mostrar um basquetebol maravilhoso e animado e que pode acompanhar os favoritos.
No primeiro jogo da fase de grupos, os sudaneses derrotaram a equipa porto-riquenha (9079) e o seu segundo teste olímpico será contra a segunda versão da "Dream Team" americana. Uma aposta segura? No papel, talvez. Afinal, a equipa do país da África Central tem apenas um jogador da NBA, JT Thor. Mas não se pode esquecer Wenyen Gabriel, que no ano passado ainda estava nos Los Angeles Lakers e jogou com a estrela LeBron James. Portanto, haverá aqui um reencontro de companheiros de equipa. Sudan não tem nada a perder e pode ter a sua motivação assegurada. Foi LeBron James que salvou os americanos da derrota com um cesto a 8 segundos do fim...
Natação
1500 m livres femininos - 20:13, Paris, Centro Aquático
Há 12 anos, a nadadora americana Katie Ledecky ganhou a sua primeira medalha olímpica. Venceu os 800 metros livres e deu início à sua fabulosa coleção de metais preciosos. Desde então, tornou-se 21 vezes campeã mundial, triunfando em seis distâncias diferentes que a natação em piscina tem para oferecer. Mas, com o tempo, começou a especializar-se na distância longa e o seu Dia D está marcado para quarta-feira. Os 1500 metros livres estão na ordem do dia, onde ela detém o 17.º tempo mais rápido da história e, dado o seu incrível recorde, tem a oportunidade de ganhar a 12ª medalha olímpica da sua carreira (atualmente 7-4-1). Este feito permitiria igualar o recorde entre os nadadores e o recorde americano para uma mulher em qualquer desporto.
O facto de esta ícone da natação, de apenas 27 anos, ter potencial para conquistar o seu oitavo ouro olímpico é evidenciado pelos resultados dos dois últimos campeonatos mundiais, em que deixou para trás, primeiro, a compatriota Katie Grimes e, depois, a italiana Simone Quadarell, por 14 segundos de cada vez. Mas as eliminatórias em Paris sugerem que a corrida final poderá ser mais dramática. Quadarella perdeu apenas 4 segundos e os tempos de Isabel Gose, da Alemanha, e da representante da casa, Anastasia Kiprichnikova, que representou a Rússia há cinco anos, mas que se naturalizou francesa em 2020, também parecem promissores.