Tite começou a carreira de treinador no modesto Guarany de Garibaldi, na segunda divisão do Rio Grande do Sul, em 1990.
De lá, deu o salto para o Caxias no ano seguinte. Mas após não conseguir qualificar a equipa para a segunda fase do Gauchão, Tite voltou para a divisão inferior do Estadual, em 1992.
E foi no Veranópolis, em 1993, que ele conquistou a Segundona gaúcha, o seu primeiro título.
Em 1996, Tite foi para o Ypiranga de Erechim. Após uma boa temporada, foi contratado pelo Juventude no ano seguinte, onde jogou o seu primeiro Brasileirão.
Na equipa patrocinada pela Parmalat, o treinador ficou-se pelos quartos de final do Gauchão, mas qualificou-se entre os oito melhores do campeonato brasileiro.
Tite deixou o Juventude em 1998, antes da equipa sagrar-se campeã estadual naquele ano. Em 1999, com a outra agremiação de Caxias do Sul, Tite ganhou o seu primeiro título da primeira divisão.
De volta ao Grená da Serra, foi campeão Campeonato Gaúcho em 2000. Em toda a sua história no Caxias, Tite fez 126 jogos, com 56 vitórias, 39 empates e 31 derrotas.
Do Grémio para o mundo
Em 2001, Tite apresentou-se a todo o Brasil no comando técnico do Grémio. Além do título estadual, levou a equipa à conquista da Taça do Brasil, vencendo o Corinthians no Morumbi – o seu primeiro título nacional.
Em 2002, o Tricolor Gaúcho de Tite caiu precocemente no Estadual, mas chegou até as meias-finais do Brasileirão.
Em 2003, Tite mudou-se para o emergente São Caetano. O seu primeiro trabalho fora do Rio Grande durou um ano, até fevereiro de 2004, quando foi substituído por Muricy Ramalho – que acabou por ser Campeão Paulista com a equipa logo depois.
Estreia no Timão
O seu trabalho no Azulão foi bom o suficiente para chamar a atenção do Corinthians, que o contratou pela primeira vez no segundo semestre de 2004.
Tite agarrou no Timão perto da zona de despromoção do Brasileirão e levou a equipa ao quinto lugar final. Deixou o Corinthians em 2005, por divergências com o polémico Kia Joorabchian, homem forte da MSI.
Nesse mesmo ano, foi contratado pelo Atlético Mineiro. Em Belo Horizonte, Tite não durou até ao fim do Brasileirão, deixando o clube na zona de descida, da qual o Galo acabou por não escapar.
Em 2006, assumiu o comando técnico do Palmeiras. Embora tenha conseguido tirar o Verdão da zona de descida na Série A, acabou por pedir a demissão antes do fim do campeonato, depois que um dirigente o ter mandado "calar a boca" publicamente, após uma derrota.
No Palmeiras, Tite conseguiu 7 vitórias, 5 empates e perdeu apenas para o Santa Cruz, no episódio que causou a sua saída.
Na Arábia antes do "hype"
No fim de 2007, Tite foi para a sua primeira aventura internacional. No Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos, ficou menos de seis meses (25 jogos, 13 vitórias, 6 empates e 6 derrotas). Pediu as contas após uma intervenção dos dirigentes nas suas escolhas técnicas.
No regresso ao Brasil, Tite foi contratado pelo Internacional, onde ficou pouco mais de um ano.
No Colorado, o treinador superou a resistência dos adeptos, ao conquistar o Gauchão de 2009, sobre o Grémio, além de ter conseguido também o título da Taça Sul-Americana de 2008, eliminando o arquirrival na meia-final.
Tite foi também vice-campeão da Taça do Brasil pelo Inter. Acabou por cair na segunda volta do Brasileirão de 2009.
Em 2010, o técnico regressou aos Emirados, agora para comandar o Al-Wahda.
E desta vez durou menos ainda – apenas cinco jogos – pois dois meses após a sua chegada foi novamente contratatado pelo Corinthians.
Do Timão para o Mundo
A sua segunda passagem por Itaquera foi a mais vitoriosa de sua carreira. Após um começo de 2011 turbulento, Tite levou o Corinthians ao título do Brasileirão daquele ano.
Em 2012 foi campeão da Taça Libertadores e do mundo. Em 2013, levantou a taça de campeão paulista. Em 2014, tirou um ano sabático, regressando ao Timão no ano seguinte para ganhar mais um Brasileirão.
Em 2016, Tite assumiu a seleção brasileira. Agora, no final de 2023, assume o Flamengo após não conseguir engatar uma carreira internacional.