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Eleições na Natação: Sardinha e Arrobas apresentam projetos distintos com algumas semelhanças

LUSA
Miguel Arrobas é um dos candidatos
Miguel Arrobas é um dos candidatosD.R.
O vice Rui Sardinha, com um projeto de continuidade reavaliada, e o antigo nadador olímpico Miguel Arrobas, a querer "atleta, treinador e clubes" no centro de todas as políticas, são os candidatos liderança da Federação Portuguesa de Natação (FPN).

A continuidade de Alberto Silva (Albertinho) no cargo de selecionador nacional será um dos primeiros desafios do novo presidente, a eleger sábado, depois de a atual direção ter prolongado até dezembro o contrato com o brasileiro, responsável pela preparação de Diogo Ribeiro, campeão mundial dos 50 e 100 metros mariposa.

Ambos os candidatos reconhecem que Albertinho conseguiu alguns dos objetivos que estiveram na base da sua contratação, mas são unânimes em defender uma avaliação do trabalho do brasileiro antes de negociar uma eventual renovação.

Miguel Arrobas assume a necessidade de perceber com clareza os custos financeiros da contratação e pondera mantê-lo até final da época, exigindo um maior envolvimento do brasileiro e da equipa na formação de outros treinadores.

Rui Sardinha considera essencial perceber se há condições para que os clubes que têm os melhores nadadores consigam fazer alto rendimento, ou se, de alguma forma, a federação terá de alavancar este processo para dar resposta às necessidades do alto rendimento.

Os candidatos são unânimes em reconhecer que herdam o melhor ciclo de sempre da natação portuguesa, com títulos mundiais e europeus, mas assumem a vontade de fazer ainda melhor, defendendo ambos uma aposta no alto rendimento.

Miguel Arrobas, que já integrou os órgãos sociais da FPN entre 2004 e 2008, assume a vontade de estar no território nacional em permanência, e de ter uma comunicação mais próxima com as associações territoriais.

Também Rui Sardinha quer apostar num maior apoio às associações territoriais, por entender que estas devem ser encaradas como o motor de desenvolvimento da natação portuguesa.

Um dos candidatos vai suceder a António Silva, que cumpre o terceiro mandato e que esteve envolto em alguma polémica depois de, em janeiro, o Instituto Português do Desporto ter determinado a sua destituição por “uma prática conducente à perda de mandato”, que não aconteceu devido a uma providência cautelar.

Durante este mandato, António Silva foi eleito e, mais tarde, reeleito, presidente da European Aquatics, cargo que tem permitido a Portugal afirmar-se como organizador de grandes eventos aquáticos.

Ambos os candidatos garantem que esta será uma aposta para manter, com Rui Sardinha a considerar que os benefícios financeiros desses eventos assumem grande importância no orçamento federativo que, segundo o ainda presidente, “só tem uma dependência de 25% do Estado”.

As eleições para a FPN decorrem no sábado, entre as 13:00 e as 17:00, na sede do organismo, e deverão votar 40 delegados, 24 dos quais eleitos por diversas áreas da modalidade, e 16 por inerência: os presidentes das 13 associações territoriais e um de cada uma das três associações de classe (treinadores, árbitros e nadadores).

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