"Um treinador que não soube sair por cima quando tinha tudo para o fazer. Como Campeão Europeu e vencedor da I Liga das Nações ficaria para sempre na história. Eu próprio votaria e faria lobby para que rotundas pelo país inteiro tivessem o seu nome. Assim, sairá por baixo, refém da sua incapacidade táctica, do medo, da incoerência, mas sobretudo da sua pequenez", começa por escrever Vítor Sereno.
"A insistência da FPF em Fernando Santos é doentia e vice-versa. Agarrar-se ao cargo e não colocar imediatamente o lugar à disposição (basta olhar para Luís Enrique, Tite ou Roberto Martinez) é sintomático", acusa o embaixador português.
"A capacidade de nos deitarmos abaixo é a nossa pior característica. O único, até hoje, que vi a tentar mudar o paradigma deste estado de depressão constante, alternado com estados de euforia, foi Cristiano Ronaldo. O melhor embaixador de Portugal (conheço-os todos: é inigualável) e o único que nunca teve vergonha de assumir que nós, os portugueses, quando queremos, chegamos ao topo do mundo. Cristiano é muito mais do que Portugal e, no fundo, isso chateia-nos. É mais fácil nivelarmo-nos pela mediocridade do que pela excelência - tive um colega mais velho, há muitos anos, que me dizia para não trabalhar tanto porque isso obrigava os outros a fazer igual ou melhor», salientou o embaixador de Portugal no Japão.
A publicação teve, obviamente, diversos comentários, as mais distintas opiniões mas uma delas, naturalmente, ganha destaque, porque foi feita por Luís Santos, filho do selecionador nacional.
"O sr. Embaixador tem direito à sua opinião. Mas escrever publica e gratuitamente da 'pequenez' de quem deu tanto à sua pátria, pode não ser digno da posição que ocupa. Tenho curiosidade em perceber o que acha que foi o valor acrescentado do parágrafo em questão (digno da CMTV). E também não percebo em que medida o seu comentário é diferente daquilo que crítica: 'a capacidade de nos deitarmos abaixo é a nossa maior característica'", escreveu Luís Santos.
"Há muito trabalho a fazer na relação Portugal-Japão. Contamos consigo para o realizar com tanto empenho e competência quanto a nossa seleção que nos levou aos quartos de final do campeonato do mundo, pela 3.ª vez na sua história, e caiu de pé. E em particular, tanto empenho e competência quanto o selecionador da 'pequenez' (palavras suas) dos dois únicos troféus da história futebolista da nação. Falta de gratidão", acrescentou o filho de Fernando Santos.