Emir do Catar critica "campanha sem precedentes" contra país que acolhe o Mundial-2022
"Desde que conquistou a honra de organizar o Mundial-2022, o Catar é submetido a uma campanha sem precedentes que nenhum país sede jamais enfrentou", afirmou o emir, durante o discurso de abertura de uma sessão anual do Conselho Shura.
A FIFA atribuiu, em 2010, a sede do Mundial-2022 ao Catar, escolha que deixou o país sob vigilância constante pelo tratamento aos trabalhadores migrantes e pela situação dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQ.
"Inicialmente, tratámos a questão com boa-fé e, inclusive, considerámos que um pouco de crítica era algo positivo e útil, que nos ajudava a desenvolver aspetos que precisam de ser desenvolvidos", disse Tamim bin Hamad al Thani.
“Mas rapidamente ficou claro para nós que a campanha continua, aumenta e inclui invenções e duplos padrões, até atingir uma nível de ferocidade que fez muitos questionarem, infelizmente, sobre os reais motivos por trás desta campanha", acrescentou.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, afirmou que a edição de 2022 do Mundial, a primeira num país árabe, será "a melhor de todos os tempos".