“Sem duvida, foi uma competição bastante disputada. Cumpri parte do que me tinha proposto com o meu treinador, de vir com o meu colega húngaro Balint (Kopasz), que sabíamos que se ia apresentar bastante forte. Estive bem, mas na parte final ficou a sensação de que podia ter feito um pouco melhor. Agora é continuar o trabalho até Paris-2024”, disse, em declarações à Lusa.
Na pista quatro, ao lado do húngaro Balint Kopasz, campeão olímpico e o seu grande rival internacional dos últimos anos, o português terminou em 3.38,099 minutos, a 2,977 segundos do bielorrusso Aleh Yurenia, que se sagrou campeão da Europa, ao deixar o magiar em segundo, a 0,370 segundos.
O surpreendente medalha de ouro, Yurenia, tinha arriscado a desclassificação na meia-final, uma vez que, liderando à vontade, nos últimos metros, olhando persistentemente para ambos os lados, deixou-se atrasar para terceiro, para alinhar na pista nove, que em Szeged tem, por regra, beneficiado os canoístas.
“Estava a contar (com este resultado). Ele tinha feito jogo de pista nas meias-finais para calhar na pista nove. O vento estaria um pouco favorável. Foi inteligente, mas não é que tenha sido de grande fair play, pois sabemos que influencia muito o resultado. Esta é mais uma etapa de preparação para os Jogos Olímpicos, o que mais interessa”, acrescentou.
Pimenta revelou que teve “sensação de domínio” até aos 500 metros, igualado com Kopasz na frente, porém depois deixou-se ir “um pouco abaixo”, ainda assim valorizando as “boas sensações em boa parte da prova”.
Depois do bronze em K1 1.000 metros e da prata em K1 500, o limiano tem, ainda este domingo, a final direta dos 5.000 metros, nos quais tem subido regularmente ao pódio.
Fernando Pimenta espera ter “uma boa largada, tentar ganhar o grupo da frente e deixar alguma energia para disputar” o triunfo na parte final de um evento que reúne os melhores especialistas internacionais da distância, boa parte deles focados apenas nesta distância.